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SP promete trocar 120 mil lâmpadas até o final do ano

Iluminação precária no centro foi criticada após Virada Cultural

Prefeitura diz que substituição já havia sido iniciada e prevê 1.200 novas lâmpadas na região central

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO RICARDO BUNDUKY COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Prefeitura de São Paulo pretende trocar 120 mil lâmpadas nas ruas até o fim deste ano --1.200 delas apenas na região central. Também serão criados 18 mil pontos de iluminação.

A substituição, já em andamento, foi divulgada ontem após a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) receber críticas quanto à iluminação do centro na Virada Cultural, no último fim de semana.

No evento houve ao menos 12 arrastões, segundo a própria administração. Na madrugada de domingo, o balconista Elias Martins Morais Neto, 19, morreu depois de levar um tiro na cabeça durante um assalto.

Para a reestruturação da rede, que tem 540 mil pontos de luz, a gestão quer trocar as lâmpadas de vapor de mercúrio (brancas) por outras de vapor de sódio (vermelhas).

Segundo a Secretaria de Serviços, as lâmpadas de sódio são mais econômicas e produzem maior luminosidade.

ESTUDO

Um estudo da pasta aponta que 30% das ruas da cidade têm iluminação precária.

Para esse diagnóstico, a secretaria classificou como em situação ruim as ruas com índice de 5 lux (unidade de medida de luminosidade). Grosso modo, isso equivale à iluminação natural externa em dia de lua cheia.

A meta é aumentar esse patamar para 20 lux, considerado razoável pela pasta. Neste nível, é possível enxergar o rosto de uma pessoa a cerca de 30 metros de distância.

Segundo a secretaria, a reforma vai priorizar locais com maior índice de homicídios e violência contra a mulher.

Para isso, o Ilume (departamento municipal de iluminação pública) vai usar estatísticas da Secretaria Estadual da Segurança Pública.

Também estão na lista locais com grande concentração de pessoas, como escolas, hospitais, estações de trens e metrô e terminais de ônibus.

A Prefeitura não informou o custo do projeto.

NO ESCURO

A Folha percorreu ruas e avenidas do centro de São Paulo na noite de ontem.

Na avenida Rio Branco, onde ocorreu a morte do balconista, grande parte dos estabelecimentos comerciais usa lâmpadas próprias de maior potência para aumentar a claridade nas fachadas.

Em alguns trechos, havia luminárias de rua quebradas ou apagadas.

O cabeleireiro José Carlos Rodrigues, 58, afirma que fica atento enquanto caminha em direção ao ponto de ônibus na avenida.

"Quando está escuro, os bandidos ficam esperando. Você só vê as pessoas quando está em cima da hora".

Já no Bom Retiro, a reportagem encontrou ruas residenciais com luminosidade muito baixa.

Moradora do bairro, a auxiliar administrativa Tamires Balbino, 24, diz que só sai na rua de noite acompanhada de seu labrador Max.

"Você não vê quem está passando na frente de casa. Além da insegurança, tem muita gente que aproveita para fumar maconha."


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