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Análise

Cálculo para definir a taxa de aumento foi político

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

O critério que amparou a decisão de reajustar em apenas 6,7% as tarifas de ônibus, metrô e trens da CPTM foi essencialmente político.

Poucos indicadores têm o poder de derrubar rapidamente a popularidade de governantes quanto o famigerado preço das passagens.

Fernando Hadadd postergou o quanto pôde o aumento do ônibus. Sabia que seria fatal para a avaliação inicial de seu mandato dar uma paulada no bolso dos eleitores.

Com a inflação de volta ao conjunto dos problemas nacionais, o governo federal pressionou pelo adiamento do reajuste e cuidou para que ele fosse abaixo da inflação acumulada desde 2011.

Por fim, há o papel de Geraldo Alckmin nesse roteiro. O tucano e o petista concordaram em discutir de forma coordenada a recomposição tarifária não só porque o transporte está integrado por meio do Bilhete Único.

Ambos sabiam que quem anunciasse preço maior sofreria sozinho o desgaste que, agora, pode ser dividido. E mitigado pelo discurso de que deram gordo subsídio para tornar o remédio menos amargo.

Resta saber se a generosidade não vai afetar a capacidade de investimento desses governos. E se não será preciso dar reajuste maior em 2014, ano eleitoral, quando isso seria ainda mais impopular.


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