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Bando faz reféns na USP Leste e rouba caixas

Criminosos entraram pela portaria principal e saíram com R$ 160 mil

Armados, homens renderam seguranças e pareciam conhecer a rotina do campus, que tem poucas câmeras

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Pelo menos 15 homens armados com pistolas e revólveres entraram pela portaria principal da USP Leste na noite de anteontem e permaneceram no campus por duas horas, sem despertar suspeita.

Eles arrombaram dois caixas eletrônicos e levaram cerca de R$ 160 mil, de acordo com a polícia.

Às 21h30 --horário ainda com aulas-- os assaltantes passaram normalmente pela guarita de seguranças, que exige identificação.

Duas horas depois, com a unidade mais vazia, o bando rendeu os 30 vigilantes que estavam espalhados pela universidade e os colocou em um anfiteatro. Os seguranças que atuam na universidade não usam armas de fogo.

À polícia eles relataram que só perceberam que a quadrilha estava na USP ao serem rendidos. Um deles contou que ouviu uma conversa entre dois assaltantes pelo rádio.

Segundo o relato, os bandidos sabiam o número de vigilantes da USP e o ponto onde cada um trabalhava.

"Um segurança me contou que um bandido pediu para que os funcionários colaborassem porque eles estavam há duas horas no campus e já estavam com fome", conta Edivaldo Santos, 29, da guarda universitária da USP.

Já no prédio chamado de Ciclo Básico, o bando usou um maçarico para abrir os caixas, que tinham sido abastecidos no mesmo dia.

Ao sair do campus em carros, os homens ainda roubaram a prancheta onde seus nomes e documentos haviam sido anotados na entrada e fugiram pela Ayrton Senna.

"Eles [assaltantes] conheciam toda a rotina da USP, o número de funcionários, o horário das aulas e a falta de câmeras no local", diz o delegado Leandro Rigobello.

CÂMERAS

A Folha apurou com funcionários que, no campus leste, há câmeras apenas no prédio administrativo e em uma agência do Banco do Brasil perto do local do roubo.

Segundo a polícia, nenhuma delas registrou o assalto.

O comandante-geral da PM, Benedito Roberto Meira, disse que a polícia vai tentar um acordo com a USP para implantar uma base móvel no campus leste, nos moldes do policiamento feito na Cidade Universitária, na zona oeste.


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