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Briga em prédio por ruído de sapato deixa 3 mortos em SP

Após reclamar de barulho do vizinho, empresário matou casal e se suicidou

Filha de um ano e meio das vítimas estava no apartamento, mas não se feriu; 'foi um dia de fúria', diz delegado

DE SÃO PAULO

Uma discussão provocada pelo barulho de sapato no piso de um apartamento terminou na morte de três pessoas num condomínio de alto padrão em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.

O casal formado pelo executivo de uma multinacional Fábio de Rezende Rubim, 40, e a dentista Miriam Cecília Amstalden Baida, 38, foi assassinado a tiros dentro de casa pelo empresário Vicente D'Alessio Neto, 62, que se matou em seguida.

Segundo a polícia, o crime é o desfecho de desentendimentos por ocorridos desde julho do ano passado entre o empresário, que morava no 11º andar, e o casal, que vivia no apartamento de cima.

De acordo com o depoimento da mulher do empresário, naquele dia o barulho recomeçou por volta das 19h.

Segundo a mulher, o empresário ordenou que ela se trancasse no quarto "senão algo poderia lhe acontecer". D'Alessio, que não possui autorização para ter arma, foi ao seu quarto e pegou um revólver calibre 38.

Ainda de acordo com o depoimento, ele subiu em direção ao apartamento do casal e bateu na porta até conseguir entrar --não está claro se as vítimas abriram a porta, que não tinha sinais de arrombamento, ou se ela estava destrancada.

Segundo policiais, D'Alessio e Rubim discutiram e o segundo correu em direção ao corredor e tentou fechar a porta que dá acesso aos quartos, mas foi atingido no peito pelo atirador.

Miriam, que comemoraria aniversário hoje, tentou escapar e foi atingida nas costas. Eles morreram no apartamento, sem serem socorridos.

No local, também estava a filha de um ano e meio do casal, que não se feriu. A menina está com a avó paterna.

O empresário então voltou para casa e, segundo sua mulher, disse: "Matei os dois. Agora, é tudo por sua conta".

Ele despejou as seis cápsulas deflagradas num sofá e recarregou o revólver. Entrou no elevador e se matou.

"Foi um dia de fúria, igual ao filme", afirmou o delegado que investiga o caso.

SALTO DE SAPATO

D'Alessio, um homem "doente e com mania de perseguição", segundo sua mulher, reclamava havia alguns meses da "batida de um salto de sapato, muito forte" que vinha dos vizinhos.

Miriam, por sua vez, já havia reclamado do ruído das conversas em voz alta do vizinho do andar abaixo.

O revólver 38 usado no crime tinha a documentação vencida. Na casa de D'Alessio havia outro revólver --calibre 22, sem registro.


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