Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Casal assassinado reclamava de 'barulho insuportável'

Tio de vítima afirma que sobrinho planejava se mudar para outra cidade

Segundo amigos, atirador sempre foi um homem calmo, bondoso e apaixonado por motocicletas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM INDAIATUBA DE SÃO PAULO

Enquanto Vicente D'Alessio, 62, reclamava de ruído de sapato, o casal vizinho também se queixava do barulho "insuportável" vindo justamente do apartamento dele.

É o que diz o jornalista Celso Ming, tio de Fábio de Rezende Rubim, 40. "Eles chegaram a me falar que era barulho de cadeira arrastada, coisa caindo no chão, porta de armário sendo batida. Disseram que já estava insuportável."

Segundo parentes, o casal iria se mudar para Valinhos e já tinha até alugado uma casa.

Rubim, gerente de uma multinacional, era formado em administração pela USP. Sua mulher, Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, formou-se em odontologia na Unicamp. Estavam casados havia nove anos e mantinham relacionamento havia 15.

Ambos eram atletas. Estavam em Santana de Parnaíba havia quatro anos. Descendentes de suíços, iam à Colônia Helvétia e gostavam de dançar as músicas típicas do país.

O perfil do atirador, porém, é controverso. Para sua mulher e a polícia ele era um homem com mania de perseguição, agressivo, que tinha duas armas e brigava com os vizinhos por causa de barulho de sapato.

Já para amigos, parentes e funcionários, Vicente D'Alessio Neto, 62, era calmo, bondoso, caridoso, adorava andar de motocicletas e mergulhar.

Hevani Ferreira da Silva, 56, contou à polícia que seu marido se tornou essa outra pessoa desde o ano passado, após ficar internado para tratamento de uma doença rara: a síndrome de Guillain-Barré.

Ela ataca as membranas que envolvem os nervos e causam paralisa de partes do corpo (como membros, pescoço e músculos respiratórios).

D'Alessio a venceu parcialmente, mas precisava se internar todo mês por cinco dias. Passou a tomar fortes medicamentos. Foram eles, diz a viúva, que lhe trouxeram o comportamento agressivo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página