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Análise

Importância de evento para SP independe de reunir 4 milhões

EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

Os exageros que envolvem os números da Parada Gay de São Paulo não refletem a grandiosidade e a importância do evento para a cidade.

O Datafolha apontou, por métodos científicos, que em 2012 ela reuniu 270 mil pessoas, 40% de fora da cidade. A SPTuris (empresa municipal) identificou o mesmo percentual de turistas.

São mais de 100 mil pessoas que vêm a São Paulo participar da parada. Ela atrai mais gente do que as corridas de automóvel --Fórmula 1 e Fórmula Indy-- e os megashows, como o da Madonna.

Apenas feiras de negócios trazem mais gente para São Paulo do que a Parada Gay. O Salão do Automóvel atraiu 245 mil turistas em 2012. A Bienal do Livro, 217 mil. Mas são eventos que duram duas semanas, não poucas horas.

Segundo a SPTuris, cada turista da parada gasta, em média, R$ 350 por dia em São Paulo. Como cada um fica mais de três dias na cidade, idá mais de R$ 130 milhões. É um dinheiro do qual hotéis, restaurantes, taxistas, entre outros, não podem abrir mão.

Mas a realização da parada tem outro ingrediente tão ou mais importante que o sucesso comercial e de público: a imagem de uma cidade que respeita a diversidade.

São Paulo atraiu 11 milhões de turistas em 2012. Pouco, se comparado com outras metrópoles mundiais (Nova York, por exemplo, recebe 50 milhões). Mas é um número crescente e a boa imagem da cidade contribui com isso.

A parada não precisa ter 4 milhões de pessoas, como propagaram os organizadores em 2012, para ter sucesso.


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