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Juíza decide só liberar assassino de Glauco após nova avaliação

Laudo de junta médica vai determinar se Cadu poderá deixar clínica psiquiátrica

REYNALDO TUROLLO JR. NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

Cerca de um mês após dizer que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, 27, já estava apto a sair da clínica psiquiátrica, a juíza do caso decidiu agora que o assassino do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni, passará pela avaliação de uma junta médica.

Para liberar Cadu, a juíza Telma Alves poderia se basear em laudos dos médicos que o atendem na clínica em que está internado, mas optou por pedir nova avaliação.

No mês passado, ela havia afirmado à Folha que a liberação de Cadu era "um fato" com respaldo médico, pois ele havia apresentado "evolução positiva" no tratamento psiquiátrico.

"Como paciente na área de psiquiatria ele está perfeito. Não tem nada que desabone a conduta dele no sentido de que não poderia sair", disse.

A Justiça goiana não informou quando os novos exames serão realizados. A data não será divulgada, afirmou o tribunal, para a proteção de Cadu. O processo corre em segredo de Justiça.

Beatriz Galvão, viúva de Glauco, morto há pouco mais de três anos, disse à Folha em abril estar "revoltada e apavorada" com a possível liberação de Cadu. "Se ele não responde por seus atos, como pode andar na rua? Minha família está apavorada, pois ele sabe onde a gente mora."

Segundo o advogado de Cadu, Sérgio Carvalho Filho, os médicos que cuidam dele afirmam que, com medicação em dia e acompanhamento permanente, o jovem "não oferece nenhum risco" e pode passar para o tratamento ambulatorial. O advogado diz que ele teve evolução no tratamento depois da transferência.

CRIME

Glauco e Raoni foram mortos em Osasco (Grande SP), em março de 2010. Cadu, exfrequentador da igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, confessou o crime.

Declarado inimputável (não pode responder por seus atos) pela Justiça, ficou em um complexo médico penal no Paraná, Estado onde foi preso após fugir da polícia. Em outubro de 2012, o jovem foi transferido para Goiânia.

Cadu passou por clínicas vinculadas ao Paili (Programa de Atenção ao Louco Infrator), da Secretaria de Saúde de Goiás, onde ainda cumpre medida de segurança.


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