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Foco

'Mulher Feijoada' anima corrida pré-Parada Gay

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

"Estou vendo muito hétero por aí, isso é importante para a comunidade gay", festejou a drag queen que, usando um vestido vermelho-escuro superjusto, servia como mestre de cerimônias da primeira edição da Diversity Run --corrida pela diversidade--, realizada no centro, três dias antes da Parada Gay.

Cerca de 300 pessoas participaram do evento, que passa a integrar a programação do Mês do Orgulho LGBT. O objetivo é "promover o respeito à diversidade em todas as suas formas e incentivar a superação dos desafios".

Desafios como os enfrentados pelas drag queens: a que servia como MC, bem-humorada, disse que foi escolhida porque "queriam uma bicha que já tivesse corrido bastante da polícia".

E se apresentou aos corredores que aguardavam a hora da largada: "Sou Ioiô Vieira, conhecida aqui no centro como Mulher Feijoada, a que já vem com linguiça e tudo...".

Aos poucos, os corredores se posicionaram para a largada, atrás do pórtico enfeitado com balões nas cores do arco-íris. E Ioiô Vieira chamou outra drag, Márcia Pantera, para comandar a largada. "Agora já não corro, mas já fui nove vezes campeã da São Silvestre Gay", disse a madrinha da prova.

Antes da largada oficial, na esquina das ruas Marconi e Barão de Itapetininga, haveria uma curtíssima Corrida do Salto Alto para drag.

Acabou não acontecendo por falta de quórum. Então, bola para frente: com atraso de pouco mais de dez minutos, os corredores partem.

A partir dali, ninguém quer saber quem é gay, lésbica, hétero ou qualquer outra denominação: sai todo mundo queimando o chão.

A maioria veste roupas comuns de corrida, com um ou outro acessório diferenciado. Há poucos fantasiados e, mesmo assim, nada de muitas plumas e paetês: um "anjo" usava apenas asas presas com elástico às costas.

"É bem leve, não vai me atrapalhar", dizia antes da prova Jesildo Duarte, 39, fazendo pequenas corridas curtas para testar a segurança da fantasia. De fato, não atrapalhou: o "anjo" completou em 27min43 os 7 km da prova principal --havia também uma corrida de 5 km.

Apesar das asas, isso não lhe deu chance de disputar os primeiros postos: o vencedor, Cleyton Batista, fechou as três voltas do curto percurso pelas ruas do centro em 21min09s84. No feminino, a vitória foi de Andrea Keila Galvão, com 22min09s90.


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