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Milton Damato (1928-2013)

Professor e diretor de faculdade

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Milton apresentava-se apenas como Damato e, durante toda a vida profissional, praticamente não disse seu primeiro nome. Era um hábito herdado do pai, matemático e engenheiro da prefeitura.

Pois Damato, nascido em Botucatu (SP) e crescido em São Paulo, puxou o pai também na formação: em meados da década de 50, concluiu o curso de matemática, na USP.

Logo passou a lecionar --além da disciplina em que se especializou-- física, na USP.

No fim dos anos 60, tornou-se diretor da Faculdade Oswaldo Cruz, onde permaneceria por cerca de 30 anos.

O filho Marcelo, jornalista, conta que o pai fez dos cursos de física e de matemática da instituição uns dos melhores do ensino privado do país.

Nos anos 70, durante a ditadura, ele e a mulher, Diva, professora de francês da USP, decidiram ir para a França. Embora não tivessem uma atividade política tão intensa, ambos eram de esquerda. Lá, Damato fez pós-graduação.

Após sair da Oswaldo Cruz nos anos 90, ajudou a criar um curso de matemática na Universidade de Guarulhos e a formar a Fatec de Ourinhos, onde a biblioteca leva seu nome.

Interessado por política e tecnologia, nos últimos anos tornou-se um admirador da China e do progresso tecnológico alcançado pelo país.

Enxadrista, adorava jogos de lógica e desafios mentais.

Por ter perdido a mãe aos 104 anos, em 2003, acreditou que viveria muito e fez planos. Em abril, descobriu um tumor no pulmão. Foi uma vítima do tabagismo, segundo o filho. Morreu na quinta (23), aos 85, na Beneficência Portuguesa, ao lado da casa onde crescera. Teve três filhos e duas netas.


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