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Maioria tem parceiro, mas não é casada

Pesquisa Datafolha aponta que 72% dos participantes da Parada Gay de ontem pretendem se casar legalmente

Levantamento mostra também que 42% dos participantes do evento declararam ter relacionamento estável

DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A 17ª Parada Gay de São Paulo revelou uma tendência entre os casais homossexuais paulistas: 72% pretendem se casar legalmente.

Segundo pesquisa Datafolha, 42% dos participantes do evento declararam ter relacionamento estável e outros 23% disseram morar com o parceiro ou a parceira.

Mas, quando a pergunta foi sobre o tipo de relacionamento, 67% dos entrevistados afirmaram não estar casados legalmente, mesmo com a possibilidade jurídica aberta em todo o país.

O casal formado pela empresária Mariana Lima, 42, e a diretora de planejamento Suzana Gonlandem, 37, curtia a multidão presente nos arredores da praça da República, 50 minutos após o encerramento oficial da parada.

As duas, que estão juntas há dez anos e se conheceram por meio de amigos em comum, aprovam a resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), no dia 14 de maio, que obrigou os cartórios de todo país a celebrarem casamentos entre homossexuais. "É o direito de todo mundo, e, com os gays, não têm como ser diferente", disse Lima.

As duas dizem que planejam se casar em breve, mas preferem não estabelecer uma data ainda.

CARAVANAS

Nem só de paulistanos viveu a Parada Gay. No evento de ontem, segundo o Datafolha, 27% dos participantes vieram de outras cidades. No ano passado, foram 29%. O estudante Lucas César, 20, de São Vicente, litoral de São Paulo, estava entre eles.

Às 20h30, ele e o namorado esperavam a volta para casa. Mas teriam que aguardar até a meia-noite, pois o ônibus fretado só sairia nesse horário. César conta que essa foi a quarta vez que veio à parada. Ele diz ter considerado essa a edição mais organizada e com mais policiais.

O estilista Sidnei Silva, 27, concordou. "Não vi brigas, estava mais organizado", disse. Ele veio de Campinas em ônibus fretado.

Um pouco decepcionado estava o economista Lucas Sales, 22, que veio de Matão. "Em São Paulo não tem bandeira nem protesto. No interior, as pessoas discursam nos trios elétricos. Eu paguei R$ 300 para poder subir em um aqui e só tinha bebida."


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