Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Rua segura incentiva transporte público, diz especialista

Para especialista de Harvard, São Paulo precisa de mais iluminação, polícia e câmeras nos arredores do metrô

Limitação de carros nas ruas por meio de pedágios urbanos também é saída para resolver o trânsito

DE SÃO PAULO

Não adianta investir em transporte público para que as pessoas deixem seus carros. É preciso também investir em segurança. Quem diz isso é Edward Glaeser, especialista em cidades e urbanismo da Universidade Harvard, nos EUA.

Ele passou por São Paulo para dar uma palestra em um instituto e falou com exclusividade com a Folha.

Folha - Há solução para o trânsito problemático da cidade de São Paulo?

Edward Glaeser - Sim. É preciso dar mais capacidade ao transporte público e a possibilidade de atender as pessoas. Outra questão é taxar as pessoas que queiram utilizar seus carros, por exemplo, com pedágios urbanos. Diminuir a quantidade de carros nas ruas liberaria mais espaço para o transporte público.

Eu diria que a solução para São Paulo inclui ampliar o transporte público e taxar o transporte privado. Não vejo isso acontecendo. É preciso que as pessoas consigam acessar com mais segurança os pontos de ônibus e estações de metrô e que se sintam seguras nas ruas.

Aumentar a segurança na cidade melhora o trânsito?

Sim. As ruas precisam ser seguras para que as pessoas se sintam encorajadas a enfrentá-las. Eu cresci em Nova York, nos EUA, em uma época em que era perigoso andar até o metrô. Hoje, é seguro.

Como foi essa mudança?

Foram feitas muitas ações. A polícia ficou mais presente nas proximidades das estações do metrô, por exemplo. A tecnologia também ajudou: foram instaladas câmeras nesses pontos. Houve um acompanhamento de onde havia relatos de criminalidade e nesses locais as ações de segurança foram priorizadas.

Em São Paulo, as pessoas moram longe do centro e optam pelo carro.

Isso é um estilo de vida insustentável para as pessoas e para a cidade. A população não pode simplesmente viver nesse tipo de bolha.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página