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Tereza Maria Salles da Costa Lima (1946-2013)

Levou a arteterapia a dependentes

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Por acreditar que a "impossibilidade de comunicação" levava ao adoecimento e que a criatividade era fundamental para a saúde das pessoas, a psicóloga Tereza Maria Salles da Costa Lima levou adiante suas oficinas de arteterapia.

Desde 2002, a paulistana, filha de um médico e de uma professora, trabalhava no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) da rua Prates, na região central de São Paulo.

Por iniciativa sua, os pacientes em tratamento semi-intensivo podiam participar de oficinas de poesia, para "desenvolver potencialidades que ficaram adormecidas pelo uso da droga". Também costumava levá-los a museus.

Formada em psicologia em 1975, em Mogi das Cruzes (SP), sempre gostou de arte. Fez curso de pintura e deixou em casa quadros em que registra plantas e paisagens (como a vista que tinha da janela).

Trabalhava muito com pastel seco, como lembra o marido, o arquiteto José Roberto, que a conheceu em 1962, durante as férias em São Vicente.

Após concluir os estudos, atuou em clínicas psiquiátricas e teve o próprio consultório. Concluiu um mestrado em psicologia na PUC-SP em 1999, sobre arteterapia, e também deu aulas na FMU e na Unip.

O marido conta que Tereza ficava feliz por poder ajudar os pacientes com a arte. Muitos ligavam depois para agradecer. Um deles, após se livrar das drogas, mudou-se para o Japão e conquistou uma vida confortável naquele país.

Estava iniciando um livro sobre sua vivência no Cratod, de onde se afastou em abril, por causa de um câncer. Morreu na terça (28), aos 66, devido à doença. Deixa três filhas.


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