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Seguranças acompanham alunos na saída das escolas

Preocupados com violência, colégios colocam vigias em ruas próximas

Alunos apoiam a medida e dizem se sentir mais seguros; atribuição é do Estado, diz Polícia Federal

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Para proteger seus alunos, grandes instituições de ensino privado de São Paulo têm contratado empresas de segurança que atuam não apenas dentro dos prédios, mas nas ruas do entorno, esquinas e até em uma passarela.

Muitas vezes, os próprios alunos não sabem que os seguranças estão presentes.

Mesmo desarmados, os vigilantes acompanham a movimentação dos estudantes. O serviço, que custa cerca de R$ 8.000 por vigilante, revela a preocupação das instituições ante a sensação de insegurança na cidade.

As empresas privadas, no entanto, são proibidas de atuar em vias públicas, de acordo com a lei que regulamenta o setor. Do muro para fora de qualquer prédio, a segurança é de responsabilidade do Estado.

"No quarteirão da escola, a gente pode oferecer esse serviço. Podemos evitar que gente mal intencionada se aproxime de uma aglomeração de alunos para se aproveitar", diz Niv Yossef, gerente de projetos do Grupo GR.

Próximo do campus Mooca da universidade Anhembi-Morumbi, a Folha encontrou na quinta-feira três seguranças do Grupo GR nas ruas.

Um deles, de moto, fazia uma ronda no quarteirão. Um estava sentado em frente a um ponto de ônibus e outro, em uma passarela sobre a Radial Leste, a cerca de 100 metros da entrada da universidade.

De acordo com um vigilante que não quis se identificar, a missão é acompanhar suspeitos que possam se aproximar dos estudantes na entrada e saída da universidade.

Enquanto atravessava a passarela, a estudante de marketing Sara Faria, 21, disse que os vigilantes passam uma sensação de segurança.

Seu colega de sala Jefferson Lima, 22, concorda. "Eles podem nos avisar se alguém suspeito chegar perto, para não sermos pegos de surpresa."

"Quando você tem um reforço de segurança na rua, na calçada, na esquina, até disfarçado, ajuda a inibir. Precisa ter um olheiro", disse à Folha José Antonio Caetano, diretor comercial da Haganá, uma das maiores empresas de segurança privada do Estado.

"Fazer segurança no entorno é de responsabilidade do setor público. Mas, infelizmente, a gente tem que correr atrás e se proteger", completou.

Caetano disse que a empresa faz o serviço em cerca de 15 instituições de ensino na Grande São Paulo, entre elas o tradicional colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, e em unidades da Uninove.

Após ser informada que o serviço é ilegal, a Haganá negou que trabalhe com segurança em áreas públicas.


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