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Marina Menna Fernandes (1920-2013)

A 'Eclética', uma atleta de Santos

ÚRSULA PASSOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ela corria os 100 m rasos, os 80 m com barreiras, o revezamento 4x100 m, praticava salto em distância e em altura e jogava vôlei e basquete.

Apelidada de a "Eclética", Marina Menna Fernandes foi convidada a jogar por São José dos Campos (SP) e respondeu: "Sou santista e defenderei sempre minha cidade".

Foi campeã brasileira de atletismo em 1942, tricampeã brasileira de basquete e vice-campeã sul-americana com a seleção brasileira na modalidade, no Paraguai, em 1952. Colecionava 120 medalhas e diversos troféus.

Filha de um comerciante de café e de uma holandesa, era de família de esportistas. O pai jogava futebol e um de seus seis irmãos, Roberto, foi atleta e técnico de vôlei.

Numa época em que ninguém ganhava dinheiro para jogar, Marina saía de casa usando saia por cima do calção curto de treino, pois tinha vergonha, como conta seu sobrinho Antônio Gilberto.

Ela abandonou o esporte em 1954, após a morte do pai, seu maior incentivador.

Com Francisco, também jogador de vôlei, namorou 25 anos antes de se casar. Os dois, que não tiveram filhos, trabalharam na administração da escola estadual onde ela começou a carreira de atleta.

Após a morte do marido, entrou para o coral de veteranos do Centro de Memória Esportiva de Santos. Com alzheimer, foi morar com a irmã Ruth. Segundo o sobrinho Paulo Jorge, dois dias antes de morrer, aos 92, no sábado (1º), de falência respiratória, a tia ainda cantarolava no hospital.

Foi enterrada com o uniforme do coral, em Santos. O grupo, na ocasião, cantou a música "Amigos para Sempre".


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