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Jornalistas são feridos por disparos de policiais militares

Sete repórteres da Folha foram feridos, dois deles por balas de borracha; 'o policial mirou em mim e atirou', afirma fotógrafo

DE SÃO PAULO

A repressão aos protestos contra o aumento da tarifa do transporte também atingiu jornalistas, entre eles sete repórteres da Folha.

Os casos mais graves foram os dos repórteres Giuliana Vallone e Fábio Braga, atingidos no rosto por disparos de bala de borracha da PM.

Giuliana foi ferida na região do olho direito e precisou ser socorrida.

Por volta das 20h, ela registrava o protesto na rua Augusta quando foi alvejada. A cabeleireira Valdenice de Brito, 40, testemunhou o disparo.

"Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial mirou e atirou covardemente nela", afirma.

Giuliana foi levada para o hospital Sírio-Libanês. Até a conclusão desta edição, a jornalista continuava sendo atendida. Ela havia tomado 15 pontos no rosto.

O repórter-fotográfico Fábio Braga foi atingido por dois disparos de bala de borracha, na virilha e no rosto.

Braga registrava o protesto na esquina da rua Maria Antônia com a Consolação. "Eles nos encurralaram e abriram fogo aleatoriamente. Os manifestantes chegaram a ajoelhar e colocar as mãos para cima, mesmo assim a PM atirou."

Com o impacto, Braga caiu e foi socorrido por outros jornalistas. Logo em seguida, enquanto deixava o local, recebeu novo tiro de bala de borracha. "No segundo disparo, o policial mirou em mim e atirou", diz ele, que passa bem.

No início do protesto, o repórter da "Carta Capital" Piero Locatelli foi detido.

Um vídeo postado na internet mostra PMs atirando contra jornalistas, mesmo após os profissionais se identificarem (folha.com/no1294895).

À Folha, o secretário Fernando Grella Vieira (Segurança) afirmou: "Eu me solidarizo e lamento o episódio. Quero dizer que vamos apurar o ocorrido. Se ficar comprovado, vai haver responsabilização."

Informado sobre os jornalistas atingidos afirmou: "Isso aí é inadmissível. Se ficar caracterizado que o ataque foi deliberado, vai haver responsabilização."

A Folha divulgou nota em que repudia a violência e protesta contra a falta de discernimento da Polícia Militar no episódio.


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