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Análise

Não há vencedor político da batalha campal das ruas de SP

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

Não há vencedores políticos da batalha campal que São Paulo viveu na quinta-feira, entre a Polícia Militar e manifestantes contra o aumento das tarifas do transporte --que fez vítimas também jornalistas e quem não participava dos protestos.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) mostrou descolamento da realidade ao comentar nas redes sociais platitudes como o aniversário de Guaratinguetá, enquanto a bala de borracha comia solta. Na entrevista que deu ontem, sustentou o discurso da manutenção da ordem e foi tímido em reconhecer os excessos da polícia mostrados ao vivo pela TV.

O prefeito Fernando Haddad (PT) elogiou, num primeiro momento, a ação da polícia e repetiu que não negociaria com os manifestantes. Só depois que o clima mudou, na quinta, passou a tentar se descolar do governo do Estado.

O reajuste das tarifas foi combinado passo a passo entre prefeitura e governo. A decisão de não receber os movimentos também. Haddad rompeu o acordo quando unilateralmente acenou com uma negociação --pautado, sobretudo, por pressão do PT.

O estrago, porém, já está feito: cartazes com a foto do prefeito e o apelido "Malddad" pipocaram na cidade.

Soma-se a isso a mal disfarçada tentativa do ministro José Eduardo Cardozo, pré-candidato ao governo, de surfar na onda do protesto.

Nem Dilma Rousseff passa ao largo da insatisfação expressa nas ruas: a revolta com a alta das tarifas é só a ponta visível de uma insatisfação difusa, que passa pela alta do custo de vida. A presidente também tem razões para temer a versão brasileira do "Occupy''.


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