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Outro Lado

'Avaliação é totalmente equivocada', diz deputado

Ivan Valente, presidente do PSOL, afirma que há 'incongruência política' no relatório, punks 'não aceitariam orientação'

DE SÃO PAULO

O deputado federal Ivan Valente, presidente nacional do PSOL, diz que "é totalmente equivocada" a avaliação da Polícia Militar de que militantes do seu partido estariam incitando supostos punks a praticar atos violentos para constranger o PT e o PSDB.

"O PSOL vai nas manifestações de forma bem explícita, com camiseta da juventude do partido. Não utilizamos ninguém para atacar governantes", afirma.

Segundo Valente, o partido defende a política de tarifa zero nos transportes públicos porque acredita que o direito a locomoção tem o mesmo valor que o direito à moradia e o direito à educação.

"A tarifa zero já era parte do nosso programa em 2008, quando fui candidato a prefeito de São Paulo."

O PSOL, de acordo com Valente, não aprova o uso da violência nem a tática de recorrer a grupos camuflados. "Se algum militante tivesse esse tipo de comportamento, nós reprovaríamos."

Outro problema da interpretação da polícia, de acordo com o deputado, é o tamanho do PSOL.

"Nós conhecemos nossos militantes. Não somos tão grande a ponto de perder o controle sobre a militância e o que eles fazem nessas manifestações."

O deputado vê até uma incongruência política nos relatórios da Polícia Militar.

Para ele, os grupos que são chamados de punks não aceitam orientação partidária e repudiam o militante organizado. "Eles nos acham reformistas, não revolucionários. Não sei por que aceitariam orientação de nossos militantes. Não faz o menor sentido do ponto de vista político."

O que os militantes do PSOL têm notado nas manifestações, segundo ele, é a presença de "pessoas estranhas ao movimento".

"Me contaram que tem umas figuras bem bombadas provocando violência nas manifestações. Pode até ser da Polícia Militar."

A historiadora Monique Félix, 26, que faz parte do MPL (Movimento Passe Livre), diz que o grupo ainda não discutiu se há infiltrados provocando violência e, portanto, não pode se posicionar sobre essa questão.

O que ela diz ter visto são policiais a paisana ajudando a prender manifestantes e entregando-os para a polícia.

Na visão do movimento, segundo Monique, é a polícia que tem provocado a violência, não o comportamento dos manifestantes.

"Depois de ontem [quinta-feira] ficou muito claro que foi a polícia que começou o confronto. Os atos só começaram depois da repressão brutal da polícia", afirma a historiadora.


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