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Davi Augusto Moura Sanches (1980-2013)

Viajava o mundo pelo Corinthians

HELOISA BRENHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando Davi Sanches tinha prova, os pais não lhe davam dinheiro para ver o jogo do Corinthians. O menino, então, se oferecia para ir comprar o ingresso dos amigos, cobrando uma taxa. Com o lucro, adquiria a própria entrada e ia ao estádio escondido.

Davi se desdobraria para ver o time a vida toda. Filiou-se à Gaviões da Fiel e seguiu o Corinthians pelo mundo. Assistiu de perto à derrota na pré-Libertadores de 2011, na Colômbia, e à conquista do mundial, no Japão, em 2012.

O pai, Domingos, 69, conselheiro do Juventus, compartilhava do fanatismo do filho. Viam partidas de ambos os times e jogavam bola nos fins de semana. "Ele dizia que seu amor era o Corinthians, mas que tinha carinho pelo Juventus", conta a irmã, Thaís, 33.

Após se formar em turismo em 2004, abriu uma empresa de eventos. Trabalhou por um ano e meio em Manaus, de onde ligava todos os dias para a mãe, Silvana, 52. Voltou em 2012 para ficar próximo da família e do Corinthians.

Neste ano, fez um curso de design de interiores e passou no vestibular para arquitetura. Planejava comprar um apartamento com a namorada, Luana Marani, 24, com quem ia todo sábado à feijoada na quadra da Gaviões.

Na quarta (5), sofreu um acidente de moto na Mooca, zona sul da capital, e foi internado em estado grave. A Gaviões pediu doações de sangue para Davi na internet. Foi operado, mas não resistiu e morreu na terça (11), aos 32.

No velório, uma bandeira do time foi esticada sobre o caixão e amigos cantaram o hino do clube. A família quer jogar as cinzas no Itaquerão, que Davi sonhava ver pronto.


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