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PM diz que não agiu porque não foi chamada pela gestão Haddad

DE SÃO PAULO

Enquanto parte dos manifestantes tentava invadir a sede da Prefeitura de São Paulo na noite de ontem, a Tropa de Choque da Polícia Militar estava recolhida no quartel.

A proteção do local era feita só por agentes da Guarda Civil Metropolitana. A razão, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, é que os prédios públicos municipais são de responsabilidade da guarda, não da PM.

A polícia só apareceu quando começaram os saques. Naquele momento, o número de manifestantes na porta da prefeitura era bem menor --a multidão havia se dispersado por causa da fumaça da van da TV Record incendiada.

O comandante do Batalhão de Choque da PM, coronel César Augusto Morelli, também disse que poderia ter atuado se a polícia tivesse sido acionada pela prefeitura.

"Assim que recebermos uma ordem do Comando Geral da PM ou do governador [Geraldo Alckmin] vamos agir. Enquanto isso, estamos de prontidão", disse ele, que estava ao lado de sua tropa na Luz, no centro.

Procurado, o secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, não atendeu as ligações da reportagem. A assessoria de imprensa dele também não atendeu aos chamados.

Oito oficiais da PM disseram à Folha, sob condição de anonimato, que estão descontentes com a mudança de postura do governo paulista de permitir que os manifestantes bloqueiem ruas de várias regiões da cidade.

"Agora, deixam a bagunça rolar solta. Fecham ruas, ameaçam invadir prédios públicos e nada é feito", afirmou um oficial da PM.

Dirigente da Associação de Oficiais Militares de SP, o coronel Ricardo Jacob disse que o governo está criminalizando a PM por causa dos atos da semana passada, quando mais de uma centena de pessoas ficaram feridas.

"Pagamos uma conta que não é nossa. A violência da semana passada foi reação a um ataque dos manifestantes", afirmou o coronel Jacob.


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