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Dulce de Jesus Oliveira (1921-2013)

Salomé Parísio, uma antiga vedete

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Entre continuar com o noivo (que se opunha a sua vontade de cantar) e participar de um programa de calouros, Dulce de Jesus Oliveira escolheu a segunda opção. Ela foi à rádio escondida da família.

Nascida em Bonito (PE) e crescida num engenho do interior pernambucano, começou a carreira no Recife, em 1939, apresentando-se na Rádio Clube de Pernambuco. Contrataram-na logo após aquele programa de calouros.

Por causa da semelhança de seu nome Dulce com o "duce" de Mussolini, teve de arrumar um nome artístico. Pegou o Salomé Parísio que fazia parte do nome de sua mãe.

Em 1940, fez show num teatro, mas atrás das cortinas, por ser negra, o que causou polêmica. De Recife, mudou-se para Salvador (BA), onde cantou em cassinos e rádios.

Ganhou o apelido de "O Rouxinol do Norte" e, descoberto seu talento, foi levada ao Rio em 1947 para ser vedete.

Estreou no teatro de revista e fez sucesso ao participar da peça "Um Milhão de Mulheres". Em 1950, veio para São Paulo. Morou um período em Portugal, mas viveria na capital paulista até o fim da vida. Cantou em restaurantes e casamentos. Trabalhou até o ano passado na OMB (Ordem dos Músicos do Brasil) como professora de canto.

Aos 90, foi ao Jô Soares e contou que o político Ademar de Barros assistia todas as suas estreias por gostar da pinta preta que tinha na perna esquerda. No ano passado, viu sua biografia ser lançada.

Com a saúde debilitada devido a um infarto, pegou uma pneumonia. Morreu na quarta (19), aos 92 anos. Perdera o único filho em 1996. Deixa cinco netos e três bisnetos.


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