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Cotidiano

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País em protesto

Grupo depreda e saqueia lojas na zona oeste do Rio

Saqueadores invadem Linha Amarela, destroem posto da UPP e respondem à perseguição da polícia com tiros

Grupo era diverso dos manifestantes que protestavam em frente à Cidade da Música, na avenida Ayrton Senna

DO RIO

Moradores de favelas de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, invadiram e saquearam lojas na avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, ao mesmo tempo em que, no outro extremo da avenida, manifestantes protestavam contra os gastos da cidade com a Cidade da Música, obra que custou quase R$ 600 milhões.

Quatro pessoas foram presas e sete menores apreendidos. A polícia suspeita que todos sejam moradores da Cidade de Deus.

Os saqueadores, que não apresentavam cartazes ou protestavam, invadiram as pistas da Linha Amarela por volta das 17h. Corriam em direção à Barra da Tijuca, onde shoppings e empresas encerraram o expediente mais cedo. Motoristas, apavorados, voltavam na contramão.

No caminho, incendiaram caçambas de lixo, destruíram um posto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), arrombaram uma concessionária, depredaram vários veículos e levaram aparelhos de televisão e computadores dos escritórios."Eles disseram que se a gente reagisse iriam nos pegar", disse um funcionário da concessionária.

Uma barreira de policiais foi montada na avenida Ayrton Senna para impedir que os saqueadores se aproximassem da área onde ficam os grandes shoppings e condomínios da Barra.

Usando bombas de gás lacrimogêneo, a polícia fez o grupo recuar. Ao chegar na entrada da favela Gardênia Azul, ao lado da Cidade de Deus, tiros foram ouvidos.

Ao mesmo tempo, um grupo de manifestantes que se reunira em frente à Cidade da Música seguia pela avenida das Américas. Até a conclusão desta edição, eles ainda caminhavam pela via, cercados pelo Batalhão de Choque.

DIA SEGUINTE

Desde quinta, ao menos 62 pessoas ficaram feridas e outras oito foram presas.

Pronto para ser inaugurado, o edifício Presidente Business Center teve os tapumes de proteção arrancados, a porta de vidro quebrada e a recepção incendiada depois que bombas caseiras foram lançadas contra seguranças.

Na Lapa, área boêmia da cidade, também houve problemas. Expulsos da vizinha Cinelândia pela tropa de choque, manifestantes seguiram a pé para o bairro, depredando e saqueando lojas.

A estimativa é que o comércio no país tenha sofrido uma perda de cerca de R$ 700 milhões desde o início das manifestações, segundo levantamento do professor de varejo Daniel De Plá, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).


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