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Maioria aprova decisão de reduzir tarifa
Apenas 9% dos entrevistados em pesquisa Datafolha concordam com aumento do IPTU para bancar os gastos
Para 23%, salário dos políticos deveria ser cortado para cobrir a despesa decorrente do corte no valor da tarifa
A população aprovou a decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT) de revogar o aumento da tarifa de transporte público em São Paulo, devolvendo o valor aos R$ 3 de antes do reajuste.
Nove em cada dez entrevistados pelo Datafolha dizem que o recuo dos dois políticos foi acertado.
Para 84% dos entrevistados, o governador e o prefeito agiram bem, pois essa era a vontade da população.
Outros 14% sustentam que tanto prefeito quanto governador erraram, porque a decisão pode provocar outros protestos na cidade.
O instituto também questionou se os entrevistados concordavam com o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) pela prefeitura para compensar os gastos previstos com a redução da tarifa.
Apenas 9% dos entrevistados foram favoráveis à elevação do imposto; 89% foram contrários.
SALÁRIO DOS POLÍTICOS
De onde, então, os recursos para bancar a tarifa menor deveriam vir?
Para 23% dos paulistanos, o dinheiro deveria ser tirado do salário dos políticos.
Os outros dois itens mais citados foram impostos (21%) ou nenhuma área (20%). Obras de eventos esportivos como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações foram mencionadas por 12%.
A maioria dos entrevistados também não acha viável a Prefeitura de São Paulo deixar de investir na cidade em troca da tarifa zero, reivindicação do MPL (Movimento Passe Livre).
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 70% disseram que deveria ser preservado o investimento em obras e serviços na cidade e ser mantida a cobrança da tarifa do transporte público.
Uma parcela de 15% dos paulistanos entende que as obras em São Paulo deveriam parar para cobrir o custo total do transporte público na capital paulista.
Outra pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada ontem, revelou que 25% dos manifestantes que estavam na avenida Paulista defendiam a tarifa gratuita.
O passe livre, segundo cálculos da prefeitura, custaria cerca de R$ 6 bilhões.