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Maior parte das tarifas de transporte tem subsídios
Nas grandes cidades dos EUA, só as passagens não bancam sistema
Governos e prefeituras de cidades americanas entram com 60% a 70% do valor do bilhete de ônibus, diz pesquisa
Nova York é a única cidade americana onde a venda de passagens é a maior fonte de renda do sistema de transporte público --60% vêm da tarifa, enquanto 40% vêm de subsídios dos governos.
De acordo com estudo do Centro Nacional de Pesquisas em Transporte, quase todas as grandes cidades americanas subsidiam entre 60% e 70% do valor total das tarifas de seus sistemas de transporte coletivo urbano.
Em Nova York, onde o metrô funciona 24 horas e os ônibus podem --a pedido dos passageiros-- parar fora do ponto entre 22h e 5h, o sistema é mais rentável.
"Poucos usam carro para trabalhar, então ônibus e metrô estão sempre cheios, quase sem horário ocioso, o que paga uma operação tão cara", diz Alexis Perrotta, pesquisadora em transporte público da Universidade Columbia.
"Em todas as outras cidades americanas, a venda de passagens não alcança 30% do custo de manter o sistema, que é pago por todos, por meio de impostos. O sistema precisa melhorar justamente para atrair mais passageiros e arrecadar mais."
A conta é normalmente dividida entre prefeituras e governos estaduais, com o governo federal bancando a parte mais custosa, de novas infraestruturas.
Os abrigos nova-iorquinos para sem-teto distribuem vales-transporte gratuitos para seus usuários, do sistema chamado Metrocard.
Várias taxas --da compra e venda de imóveis até a conta de luz-- arrecadam verbas para a MTA, a autoridade metropolitana do trânsito.
O metrô e os ônibus pertencem à entidade.
Apenas o pessoal é contratado por empresas privadas.
Na maioria das cidades americanas, empresas de ônibus local pertencem aos governos locais ou a autoridades metropolitanas. Em outras, metrôs de superfície e estações de integração de ônibus são financiadas com verbas federais.
REDUÇÃO DE TARIFA
Já em Cingapura, existe desde 1987 um Conselho de Transporte Público, independente, que trabalha com o Ministério de Transportes, que é quem decide o valor das tarifas e seus reajustes.
O conselho leva em conta custos, investimentos e a renda média dos habitantes da Cidade-Estado antes de autorizar qualquer mudança no valor das passagens.