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Grupo acampa em frente à casa de Sérgio Cabral
Polícia isola rua e bloqueia faixas de acesso à avenida Delfim Moreira, na orla carioca
Com barracas e colchonetes, um grupo de manifestantes estava acampado na praia do Leblon desde a noite de anteontem, na esquina da casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), na zona sul do Rio.
Nas redes sociais, eles lançaram o movimento "Ocupe Delfim Moreira", em uma referência ao nome da avenida da orla do bairro. O objetivo é permanecer no local até amanhã, no mínimo.
"Chegamos ontem [anteontem] no fim da tarde para a manifestação perto da casa do governador e alguns decidiram ficar por aqui", disse o ator Zeca Richa, 27, morador da Tijuca. "Não foi nada planejado", afirmou ele.
De acordo com participantes, durante a noite de sexta para ontem, alguns moradores serviram água, sanduíche e refrigerante para o grupo.
"Percebemos que alguns vizinhos do Cabral também não estão muito satisfeitos com ele", acrescentou Richa.
A polícia isolou a rua Aristides Espínola, onde mora o governador do Rio (transversal à praia), e também bloqueou duas das três faixas de rolamento da Delfim Moreira (na pista sentido São Conrado, local do acampamento).
"Não esperamos encontrar o governador ou abordá-lo na entrada de casa. É uma ocupação simbólica", acrescentou o estudante João Pedro Menezes, 22, morador da Gávea, que dormiu no asfalto do Leblon de sexta para sábado.
Até o fechamento desta edição, o grupo reunia cerca de 50 manifestantes, cinco barracas e quatro colchonetes. Eles esperam, porém, reunir 500 pessoas no "Ocupe Delfim Moreira" com a divulgação do acampamento nas redes sociais.