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País em protesto

Em encontros, Passe Livre reforça abaixo-assinado por tarifa zero

Movimento faz três reuniões em SP para apresentar reivindicações ao público e colher assinaturas

Projeto precisa de 430 mil assinaturas para ir para Câmara; pesquisa mostra que só 25% dos manifestantes apoiam

DE SÃO PAULO

O MPL (Movimento Passe Livre) começou a semana com reuniões públicas para esclarecer o que é o grupo, sua pauta e reforçar a campanha de coleta de assinaturas para um projeto de lei que prevê a implantação do transporte gratuito em São Paulo.

O projeto precisa ter o apoio de 5% do eleitorado da cidade antes de ser apresentado na Câmara de Vereadores, o que equivale a cerca de 430 mil assinaturas.

Desde 2011, o projeto está em andamento, mas o processo foi moroso devido às dificuldades para escrever a parte jurídica, explica a estudante de direito da USP Nina Cappello, 23, membro do grupo.

Segundo ela, o grupo descarta novas manifestações."A gente entende a luta de diversas formas, mas que neste momento não tem sentido chamar grandes mobilizações", afirma Nina.

Ontem, porém, o MPL reafirmou nas reuniões que poderá participar de novos atos. Amanhã, dois protestos estão programadas na capital com o apoio do movimento.

Os encontros de ontem ocorreram à tarde na Vila Madalena (zona oeste), no Tatuapé (zona leste) e em Santo Amaro (zona sul).

Só na Vila Madalena, comparecerem cerca de 300 pessoas. Houve longa fila de espera na porta do espaço Contraponto, cedido para o encontro.

A socióloga Marta Bergamin, 40, afirma que "fez discussão com um grupo de amigos e cada um deles foi para um evento do MPL ouvir as ideias do movimento".

"O país inteiro está discutindo política. Eles trouxeram à tona um debate importante."

Apesar de o grupo propor o abaixo-assinado, uma pesquisa Datafolha, feita na quinta-feira com 551 entrevistas na Paulista, durante o ato que celebrou a redução da tarifa, mostrou que só 25% dos manifestantes acham que a passagem deve de fato ser gratuita.

O MPL ganhou notoriedade ao organizar seis passeatas que levaram o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), a revogarem o aumento das tarifas em São Paulo, na última quarta. O movimento se diz "apartidário, e não antipartidário".

CURIOSOS

As reuniões de ontem atraíram curiosos e dois carros da PM, chamada por vizinhos na Vila Madalena. Mas nenhum incidente foi registrado.

A empresária Tita Dias, 56, diz que "aconteceram tantas coisas importantes que esses jovens fizeram que estou aqui para ouvi-los". Ela aguardava pela terceira reunião na Vila Madalena, enquanto o auditório, para 70 pessoas, já estourava a lotação.

Os representantes do movimento pareciam surpresos com a procura. A imprensa não foi autorizada gravar ou fotografar a reunião.

"Eles estão deixando bem claro o que é a pauta deles, a do passe livre", afirmou Letícia Freire, 33, estudante de filosofia, que participou do reunião na Vila Madalena.

Além da tarifa zero, o MPL apoia outras organizações não partidárias, como movimentos de sem-teto.


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