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Foco

Organizador não comparece à própria manifestação em SP

GUSTAVO FIORATTI DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

"Está surgindo uma teoria da conspiração de que o Joaquim Barbosa vai entrar pro Partido Militar Brasileiro, que estão tentando formar. Já pensou protestar tanto e levar um golpe militar?", dizia o músico Guilherme Augusto, 23, único manifestante a chegar à avenida Paulista às 17h de ontem, horário marcado para o início de um protesto contra a PEC 37 --derrubada na noite de ontem na Câmara.

Convocado pelo Facebook por alguém que resolveu não prestigiar a própria manifestação, o ato contra a proposta --derrotada à noite na Câmara-- que tiraria poderes do Ministério Público reuniu, a conta-gotas, 70 pessoas.

Elas ainda eram 40 quando decidiram, por volta das 18h30 e sem avisar à polícia, fechar por conta própria uma pista da avenida. Atravessaram na frente de carros e ônibus. Uma quadra depois, sob risco de atropelamentos, viaturas e motos da PM passaram a acompanhá-los.

"Fico profundamente ofendida quando alguém convoca uma manifestação e não aparece", disse a estagiária Marissol Valderrama, 23. Junto com Rafael Alves, 34, e Luiz Fernando, 22, ela tomou a liberdade de liderar o grupo em seu trajeto até o início da rua da Consolação, onde a passeata terminou.

No final da marcha, Rafael, alçado à liderança por ser o único a portar um megafone, ensinava a um novato como organizar seu próprio protesto: "Entra na página do Corinthians, do Palmeiras ou do São Paulo, vê um comentário com trocentas' mil curtidas e insere lá a página do manifesto", disse, já rouco de tanto gritar.


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