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Homicídio sobe 4,9% na capital e cai 1,2% no Estado de São Paulo

Dados se referem ao mês de maio; no acumulado do ano, assassinatos registraram aumento

Para governo, Estado passa por tendência de queda após segunda redução seguida; especialista contesta

AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

Os casos de homicídio doloso (intencionais) registraram aumento de 4,9% na capital paulista e uma queda de 1,2% no Estado em maio (em comparação com o mesmo mês do ano passado).

No mês de maio a cidade de São Paulo teve 108 casos de homicídio, cinco a mais que em maio de 2012. No Estado todo foram 328 casos, quatro a menos que no mesmo período do ano passado.

Apesar de o Estado ter registrado menos casos, houve um aumento de 2% na quantidade de vítimas. Na capital essa variação foi de 8,3%.

Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública. Conforme a pasta, esse foi o maio com o menor número de assassinatos desde o ano de 2001.

O secretário Fernando Grella comemorou os números do Estado. Ele atribuiu a redução ao reforço do policiamento e ao aumento da resolução de casos. Não informou, no entanto, quantos casos foram esclarecidos.

Para Grella, São Paulo reverteu a sequência de oito altas e agora apresenta tendência de queda. Maio foi o segundo mês consecutivo em que o Estado teve redução.

"Essa tendência de queda indica que estamos nos aproximando novamente da taxa de 10 homicídios dolosos por 100 mil habitantes", afirmou. Hoje, essa taxa é de 11,6.

Para o sociólogo José dos Reis Santos Filho, da Universidade do Estado de São Paulo, é cedo para confirmar a tendência citada por Grella.

"Podemos comemorar vidas poupadas. Mas uma tendência de queda só se confirma com pelo menos dois anos seguidos de redução", disse.

Para o sociólogo, uma hipótese para que a capital não tenha tido o mesmo sucesso do Estado é que o interior vive um bom momento econômico, com mais empregos.

Comparando o acumulado de casos do ano, de janeiro a maio, a cidade e o Estado tiveram alta nos casos de homicídio, de 9,5% e 5,1%.

LATROCÍNIO E BANCO

O latrocínio (roubo seguido de morte) e o roubo a banco foram os únicos crimes que tiveram alta no número de casos no Estado. O primeiro teve aumento de 2,9% em maio (de 35 para 36); o segundo, de 83,3% (de 12 para 22).

"Está havendo uma espetacularização dos latrocínios. Parte deles não deveria resultar em morte, porque o roubo já foi cometido. Mas o criminoso parece que precisa' matar", disse Santos Filho.

Segundo Grella, a próxima meta do governo é combater o latrocínio reduzindo a quantidade de roubos.


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