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País em protesto

PT fecha acordo e agora quer controlar CPI do transporte

Queremos discutir as planilhas e entender o custo do sistema, diz Paulo Fiorilo, petista que apresentou pedido

Oposição teme que comissão seja 'chapa branca' e pede que Ministério Público acompanhe trabalhos

DE SÃO PAULO

Dois dias após o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmar que "CPI é para achacar" empresário, a Câmara fechou ontem acordo para abrir comissão para investigar contratos de concessão de ônibus e vans em São Paulo. O plenário estava lotado de manifestantes.

A proposta foi apresentada pelo próprio PT, partido de Tatto e do prefeito Haddad.

A declaração do secretário deixou vereadores revoltados. Entre os parlamentares, estão dois irmãos do titular da pasta: Arselino e Jair Tatto. Anteontem, o secretário mandou um pedido de desculpas lido por Arselino.

O pedido de CPI do petista Paulo Fiorilo entrou depois de outros dois parlamentares apresentarem o mesmo pedido: Ricardo Young (PPS), que é de oposição, e Paulo Frange (PTB), que compõe o grupo de sustentação do prefeito e que vai retirar o pedido.

A votação de qual CPI vai ser instalada ocorrerá hoje.

A lógica é que o pedido do petista vença, já que tem mais assinaturas de vereadores: 35, contra 25 da de Young e 19 da apresentada por Frange. A CPI tem o aval de Haddad, que ontem cancelou a licitação dos transportes.

O prefeito estaria tranquilo por entender que o contrato atual do sistema ficou, em sua maior parte, nas mãos de seus antecessores, Serra (PSDB) e Kassab (PSD) --que seriam os alvos do PT. Para os parlamentares, a "CPI petista" seria como a "raposa cuidando do galinheiro".

Se vencer, Fiorilo deve ficar com a presidência da comissão. O PT terá direito a mais um membro na mesa, que terá, no total, sete vereadores. Por proporção de bancada, outros dois membros devem ser do PSDB, um do PSD e dois de siglas menores.

O vereador Milton Leite (DEM), que também vota com a base de Haddad, deve ser o relator da CPI.

"O que está se insinuando é que a CPI será chapa branca e não vai abrir a caixa preta do transporte", disse Young. Em sua fala no plenário, o vereador pediu que o Ministério Público acompanhe os trabalhos. Fiorilo rebateu, afirmando que chamar uma CPI de chapa branca "menospreza o Parlamento".

O petista disse que pediu a CPI porque a proposta de Young não tinha escopo claro. "Queremos discutir as planilhas das concessões e entender o custo do sistema."


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