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País em protesto

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Protesto contra 'cura gay' para a Paulista

Manifestantes fizeram 'beijaço' contra projeto

RODRIGO LEVINO DE SÃO PAULO

Um grupo de cerca de 300 manifestantes protestou no final da tarde de ontem, na avenida Paulista, contra o projeto conhecido como "cura gay", aprovado recentemente pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, e contra o presidente da comissão, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

Por volta das 18h30, o grupo deixou a praça do Ciclista, onde estava concentrado desde as 17h, bloqueando o trânsito da Paulista no sentido Paraíso. A marcha seguiu até a sede do diretório municipal do PSC, quase ao final da Brigadeiro Luis Antonio.

Lá os manifestantes realizaram um "beijaço" contra Feliciano, além de discursos cobrando posições mais firmes do governo em favor das minorias e pedindo a saída do deputado da presidência da CDHM.

SOLIDARIEDADE

O grupo recebeu o apoio de outro protesto que teve início às 17h, no vão do Masp, Museu de Arte de São Paulo.

Promovido pelo Movimento em Marcha e pela União da Juventude Brasileira, o protesto tinha em sua pauta o combate à corrupção, melhorias na saúde e na educação do país e, segundo seu líder, Daniel Santos, 70, também era um ato de solidariedade "aos grandes protestos realizados recentemente no país".

A ideia inicial do grupo era manter o protesto no vão do Masp, mas, por decisão da maioria, caminhou até a praça do Ciclista, fechando uma faixa da Paulista no sentido Consolação.

Usando faixa presidencial, a pensionista Clea Carvalho, 56, chamava a atenção com cartazes pedindo pena de morte aos corruptos.

"Participo de protestos há 15 anos, não perco um aqui na Paulista. Eu manifesto tudo que você imaginar!", disse ela, animada, à Folha.

MILITARES

Também em frente ao Masp, quatro manifestantes usando máscaras do personagem Guy Fawkes, de "V de Vingança", exibiam faixas pedindo a volta dos militares ao poder e "Fora Dilma!".

Eles não quiseram se identificar. Um deles, segundo contou à reportagem da Folha, estava apenas "ajudando aos amigos" e nada tinha a declarar sobre o teor da faixa que carregava.

Segundo Fernando (que não quis mostrar o rosto nem forneceu nome completo por "questão de segurança"), 30, o grupo existe há três anos.

"O que ensinam na escola é que os militares eram os demônios do Brasil e que só eles torturavam, mas a Dilma (Rousseff), o (Zé) Dirceu e essa corja que está no poder também torturava e assaltava bancos. Como é que a gente pode deixar subversivos e bandidos nos representar?"

Indagado sobre como os militares deveriam voltar ao poder, Fernando disse que, em sua opinião, isso deveria acontecer "de uma forma ainda mais eficaz que em 1964".

Eficaz de que modo? "Dando para eles (Dilma, Dirceu, o PT) o que eles merecem". E o que eles merecem, na sua opinião? "A vida eterna", disse, antes de invadir a faixa de pedestres mais uma vez e apresentar seu discurso aos carros parados e pedestres.


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