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País em protesto

Câmara terá CPI controlada por Haddad

Após protestos nas ruas e manobra petista, vereadores aprovam investigação do sistema de ônibus em São Paulo

Base de apoio ao prefeito terá 6 dos 7 membros do grupo, chamado de 'chapa branca' pela oposição

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Os vereadores de São Paulo aprovaram ontem uma CPI para investigar os contratos do sistema municipal de ônibus. Ela será controlada pela base do prefeito Fernando Haddad (PT) na Câmara.

Só um dos sete integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito será da oposição.

Com 40 votos favoráveis, 11 contrários e duas abstenções, ela foi definida três dias após Jilmar Tatto, secretário dos Transportes da gestão Haddad, dizer que era contra a investigação porque "CPI é para achacar" empresário.

A declaração causou mal estar. O chefe da pasta, que é irmão de dois vereadores petistas, Arselino e Jair Tatto, pediu desculpas depois.

Chamada de "chapa branca" pela oposição, a CPI é mais uma das consequências da série de protestos contra a alta de R$ 3 para R$ 3,20 da tarifa de ônibus --que levou à revogação do aumento.

No começo desta semana, já havia dois pedidos para a abertura de CPI --de vereadores do PTB e do PPS. Diante da ameaça, a base petista decidiu apresentar um terceiro.

O teor de todos é semelhante. Mas a manobra permitiu que Paulo Fiorilo (PT), autor do último pedido, se tornasse presidente e tivesse maior controle da CPI.

Vão compor a comissão outros seis vereadores. sendo que só um é da oposição: Eduardo Tuma (PSDB).

Hoje, eles vão definir a função de cada um na comissão. Com forte relação com cooperativas de perueiros, Milton Leite (DEM), é favorito para virar relator da CPI.

Os pedidos de comissão anteriores aos do PT haviam sido feitos por Paulo Frange (PTB) e Ricardo Young (PPS).

Ontem, Frange retirou seu pedido e Young teve sua proposta recusada, irritando opositores do prefeito.

Integrantes do próprio PT avaliam que Haddad sofreu desgaste devido à demora para tomar medidas que pudessem conter os protestos.

Sobre a declaração de Jilmar Tatto, que se disse contra a CPI, a base petista coloca panos quentes."Não pegou bem na Câmara, causou algum descontentamento, mas ele mandou uma carta. Isso não teve relevo na decisão [de abrir a CPI]" disse José Américo (PT), presidente da Casa.

"A Câmara precisava dar resposta às manifestações."


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