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País em protesto

1 em cada 10 detidos em protesto está preso

Em 15 capitais houve 1.301 detenções por crimes como furto, dano, lesão corporal e formação de quadrilha

São Paulo e Belo Horizonte concentram maior parte dos presos; parte não tem dinheiro para pagar a fiança

DE SÃO PAULO

Apenas um em cada dez detidos durante a atual onda de protestos pelo país continua preso, aponta levantamento da Folha com as pastas estaduais da Segurança.

Os dados se referem a 15 capitais que tiveram, até ontem, o maior número de detidos durante as manifestações de junho. São Luís (MA) não repassou dados.

Ao todo, 1.301 pessoas foram detidas nesses locais, sendo 211 adolescentes. Do total, 166 (13%) ainda estavam presas ou apreendidas até ontem -- entre elas, 37 em SP e 66 em Belo Horizonte.

Os demais foram liberados após assinarem termo circunstanciado (espécie de boletim de ocorrência para crimes leves) ou pagarem fiança, que chegou a dez salários mínimos (R$ 6.780) em cidades como Salvador.

Os critérios mais comuns para manter as detenções têm sido a ocorrência de flagrantes, existência de antecedentes criminais e falta de pagamento de fiança.

Entre os detidos nas 15 capitais que informaram dados à Folha, a Polícia Civil diz ter aberto inquérito para investigar ao menos 273 pessoas, suspeitas de dano ao patrimônio público, roubo, furto qualificado, lesão corporal e formação de quadrilha.

Após ser instaurado o inquérito, a Polícia Civil tem até 30 dias para conclusão. Se o investigado estiver preso, são dez dias. Em seguida, o inquérito é enviado à Justiça.

Dos 127 detidos em São Paulo, 37 continuam presos. Entre eles há moradores de rua flagrados saqueando lojas. Eles não têm dinheiro para pagar a fiança de R$ 755. A Defensoria Pública entrou com pedido de soltura deles.

Em Porto Alegre, entre as 168 pessoas detidas, 15 já foram indiciadas e 24 pessoas estão sendo investigadas.

Em Curitiba, após cinco prédios públicos e seis pontos de ônibus terem sido depredados em uma só noite, a fiança para quem foi pego em flagrante pelos policiais subiu de R$ 680 para R$ 2.000.

A polícia paranaense também criou um formulário no site do governo para receber denúncias de vandalismo.

O delegado Amarildo Antunes diz que não investiga as manifestações, mas, sim, a depredação feita por vândalos nos protestos.


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