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Antonio Ildefonso da Silva Netto (1935-2013)

Engenheiro civil e Professor Pardal

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Na reforma que fez em casa, em 1974, Antonio Ildefonso da Silva Netto costumava espetar uma estaca no chão antes de ir ao trabalho, chamava o mestre de obras e pedia para levantar ali, no ar, um cano de dois metros. Os pedreiros não entendiam nada.

Com o serviço acabado, dizia para subirem as paredes. Seu método economizava material e trabalho, pois quando as paredes ficavam prontas, não havia necessidade de quebrá-las para colocar o encanamento. Ao final daquela reforma, o mestre de obras lhe agradeceu pelo ensinamento.

Antonio, filho de um professor de história, foi um engenheiro civil formado na Poli-USP em 1961 que, desde pequeno, fuçava em tudo para conhecer seu funcionamento.

Quando jovem, usou um secador de cabelo quebrado da irmã para fazer um ventilador que aplacasse seu calor.

Apaixonado por carros, tinha prazer em mexer em seus Opalas e, aos fins de semanas, amigos e familiares levavam os automóveis até ele para uma "revisão". Passou a ser chamado de Professor Pardal.

Em casa, não havia emenda de fio, e a parte hidráulica fora planejada de tal forma que, se faltasse água na rua, as caixas alimentariam a casa.

Aposentou-se na Sabesp após cerca de 30 anos na empresa. Também foi perito. Trabalhou, por exemplo, na desapropriação do terreno onde acabaria sendo construído o aeroporto de Cumbica.

Casado desde 1961 com Maria Helena, professora, morreu na terça (25), aos 77, de falência de órgãos após uma infecção. Deixa seis filhos e sete netos. A missa do sétimo dia será na terça (2), às 18h30, na igreja São Gabriel, em São Paulo.


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