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Teresa Daisi Urban (1946-2013)

Uma defensora do meio ambiente

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Teresa Urban, jornalista curitibana que militou em movimentos de esquerda e que foi presa e torturada durante a ditadura militar, quis explicar aos netos por que sua geração lutou contra um regime autoritário. Escreveu um livro.

Voltado ao público adolescente, "1968: Ditadura Abaixo" foi publicado em 2008.

Fascinada por crianças, acreditava ser preciso lutar por um mundo melhor para elas, como diz sua família. A irmã, Maria, conta que Teresa defendeu causas que visavam a construção da cidadania.

Foi, por exemplo, pioneira na cobertura das questões ambientais. Escreveu livros sobre o assunto ("Saudade do Matão" e "Missão Quase Impossível"), criou o projeto Rede Verde de Informações Ambientais e integrou o Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Formada em jornalismo na Universidade Federal do Paraná, nos anos 1960, militou em grupos como a Polop (Organização Revolucionária Marxista Política Operária).

De 1970 a 1972, viveu no Chile, onde teve a segunda filha. Presa antes e depois do exílio, não quis saber de indenização quando veio a abertura. Argumentava que sabia dos riscos de sua luta.

Trabalhou, entre outros lugares, nas sucursais de "O Estado de S. Paulo" e da "Veja"e na "Folha de Londrina".

De ascendência polonesa, lançou um livro sobre a imigração polonesa com o irmão João Urban, fotógrafo, que também foi seu parceiro num trabalho sobre boias-frias. Sua última obra foi o romance "Dez Fitas e um Tornado" (2013).

"Ninguém passou por ela sem rever valores e reforçar princípios", conta a irmã.

Teresa morreu na quarta-feira (26), aos 67 anos, em decorrência de um infarto. Teve dois filhos e quatro netos.


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