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Ônibus podem circular com atraso na sexta

Motoristas querem retardar em 1 hora a partida dos veículos nos terminais contra lei que regulamenta a profissão

Proposta será votada hoje; sindicato descarta greve e afirma que atrasos ocorreriam fora do horário de pico

DE SÃO PAULO

Após manifestações pela redução da tarifa e melhoria na qualidade no transporte público, a população de São Paulo pode enfrentar novos transtornos no serviço na sexta.

Os motoristas de ônibus da capital querem atrasar partidas por uma hora como forma de aderir a uma manifestação nacional contra mudanças na lei federal que regulamentou a profissão.

O sindicato (que reúne 37 mil profissionais, entre motoristas, cobradores e funcionários da manutenção) descarta a possibilidade de greve, mas diz que haverá assembleia um dia antes para definir os atos.

Entre as propostas que serão votadas está atrasar a partida dos ônibus nos terminais. "Seria algo de no máximo uma hora, fora dos horários de pico, tipo entre 11h e 12h, para não atrapalhar a população", disse Nailton Souza, membro da diretoria.

Outras ações envolvem atos nas garagens.

As manifestações estão sendo organizadas em todo o país pela CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestre). A proposta é pressionar contra mudanças na lei 12.619/12, que afeta mais o transporte de cargas.

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados está revendo a lei. No parecer apresentado pelo relator, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), foi ampliado de quatro para seis horas o limite de tempo de direção sem o descanso obrigatório de 30 minutos.

O texto também torna obrigatório o exame toxicológico para motoristas profissionais e tira o efeito de punições já aplicadas tanto às empresas quanto aos motoristas.

Desde que entrou em vigor, a lei tem resistência de categoria do setor de cargas --apesar de ser defendida por outras.

Enquanto agricultores afirmam que ela dificulta o escoamento da produção, caminhoneiros, principalmente autônomos, dizem que as rodovias não têm estrutura com locais de descanso seguros e em quantidade suficiente.

A CNTTT diz que a mudança na lei seria um retrocesso, mas se posicionou contra uma greve da categoria. "A melhor forma de alcançar as mudanças necessárias do setor é por meio do debate e da busca por soluções conjuntas, e não através de um movimento grevista", afirma, em nota.

A votação do parecer está agendada para hoje.


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