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Caminhoneiros bloqueiam 25 rodovias no 2º dia de protestos

Estado de São Paulo consegue liminar contra paralisações; governo federal vai cobrar multas

Tropa de Choque usou gás para liberar acesso ao porto de Santos; Correios tentam evitar atrasos em entregas

DE SÃO PAULO

Protestos de caminhoneiros voltaram a paralisar rodovias pelo país ontem. Ao menos 25 estradas foram afetadas em dez Estados no segundo dia do movimento.

Houve bloqueios em rodovias federais, apesar da liminar obtida pelo governo no último domingo contra esse tipo de ação.

A AGU (Advocacia-Geral da União) informou ontem que vai cobrar dos responsáveis a multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento determinada pela Justiça Federal.

De acordo com a decisão, os responsáveis que poderiam ser cobrados são o MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro) e seu diretor, Nélio Botelho.

Botelho e o MUBC são citados também na liminar obtida ontem pelo governo de São Paulo contra o bloqueio de rodovias estaduais. Mas o valor da multa é maior: R$ 20 mil por hora.

Ontem, Botelho negou, mais uma vez, que tenha promovido interdição de rodovias. Segundo o MUBC, a orientação é para que ocorra uma manifestação pacífica, com os caminhoneiros apenas estacionando nos acostamentos e permitindo o fluxo normal das vias.

Houve, porém, ao menos um caso de confronto. A Tropa de Choque usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os caminhoneiros que bloquearam por mais de 24 horas a rodovia Cônego Domênico Rangoni, que dá acesso ao porto de Santos (SP).

A marginal Pinheiros, no sentido Castello, em São Paulo, ficou parada das 7h às 9h devido a um protesto de caminhoneiros que prestam serviços à BRF (Brasil Foods).

A companhia informou que a menção ao nome da BRF e de Abilio Diniz (presidente do conselho de administração da empresa) nas faixas pode ter ligação com a negociação em curso para mudar contratos de prestação de serviços com um grupo de distribuidores.

PAUTA VARIADA

Os manifestantes reivindicam soluções para questões nacionais da categoria, entre elas a isenção do pagamento de pedágios para caminhões e mudanças na Lei do Descanso dos caminhoneiros, para flexibilizar a jornada de trabalho da categoria.

Em São Paulo, foi incluído o protesto contra a cobrança de pedágio por eixo vazio --a medida, prevista para começar na segunda, foi adiada.

Para o ministro César Borges (Transportes), as reivindicações são "impossíveis de serem atendidas".

Por causa dos bloqueios, os Correios passaram a entregar encomendas por via aérea em alguns Estados. A SporTV cancelou a transmissão do amistoso entre Cuiabá e Atlético-PR, que ocorreria na noite de ontem, às 21h30. Segundo o canal, a unidade móvel de transmissão não conseguiu chegar a Cuiabá.

À noite, deputados se reuniram com integrantes do governo para discutir alterações na lei do descanso dos caminhoneiros. O governo quer mudar parecer que aumenta o tempo de direção dos profissionais e reduz o preço dos pedágios para caminhão, entre outras mudanças.

A Polícia Federal investiga se a paralisação está sendo patrocinada por empresas.


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