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Jorge Luiz Santos Ferreira (1959-2013)

Foi professor, poeta e Rei da Noite de Brasília

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Se no bar de Jorge Ferreira uma mesa estivesse ocupada por sul-coreanos, e outra, por norte-coreanos, ele era capaz de fazer todo mundo sentar junto, como conta Mauro Calichman, o diretor de operações do Grupo Jorge Ferreira.

Mineiro de Cruzília, o empresário ficou conhecido como o Rei da Noite de Brasília. Seu grupo tem 12 negócios no Distrito Federal, como o Armazém do Ferreira, o Mercado Municipal e o Bar Brahma.

Jorge saiu de sua cidade para estudar ciências sociais em Juiz de Fora (MG). Mudou-se para a capital do país porque era lá que Denise, por quem se apaixonara, morava.

Lecionou em faculdades e foi sindicalista. Na década de 80, achando que seria demitido por sua atuação, decidiu abrir em sociedade com um primo a pizzaria Gordeixo. Não voltaria mais a dar aulas.

Em 1989, levou sua mãe, cozinheira de mão cheia, a Brasília, para pôr em prática suas receitas no Feitiço Mineiro, que à noite vira casa de shows.

Apresentaram-se por lá nomes como Nelson Sargento, Jorge Aragão, Almir Sater e Naná Vasconcelos. Mas o objetivo principal do espaço, segundo Mauro, é dar oportunidade para os novos músicos.

Além de agitador cultural, Jorge escreveu três livros (dois de poemas), compôs músicas e patrocinou filmes.

Militante do PT (fundou a sigla em Juiz de Fora), foi amigo de vários políticos, entre os quais o ex-presidente Lula.

No dia 23/6, teve um derrame no Rio. No domingo (30), sofreu uma isquemia. Morreu anteontem, aos 54 anos, deixando mulher e três filhos. O enterro está marcado para hoje, às 14h, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.


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