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Incêndio mata 3 na favela de Heliópolis
Fogo destruiu 50 barracos e desabrigou 503 famílias; 19 pessoas ficaram feridas, três delas em estado grave
Testes de DNA vão identificar mortos; 170 casas foram interditadas por risco de desabamento
Três pessoas morreram e 19 ficaram feridas, três delas em estado grave, em um incêndio que atingiu a comunidade da Ilha, na favela de Heliópolis (zona sul de SP), na madrugada de ontem.
Os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Central) e serão identificados por meio de um exame de DNA. As causas do incêndio estão sendo investigadas pela polícia.
As chamas atingiram o local por volta da meia-noite. Segundo o major Valdir Pavão, do Corpo de Bombeiros, 50 barracos foram destruídos e o fogo consumiu uma área de 3.000 metros quadrados.
Cerca de 170 casas foram interditadas por haver risco de desabamento. Segundo a prefeitura, 503 famílias, em um total de 860 pessoas, ficaram desabrigadas.
Na tarde de ontem, famílias retiravam móveis, eletrodomésticos e roupas dos barracos que não tinham sido atingidos pelo fogo.
"Pode ter sido um balão ou sobrecarga de energia, mas só o laudo da perícia pode dizer o que aconteceu", disse o coordenador da Defesa Civil da capital, Jair Paca de Lima. A área onde ocorreu o incêndio foi isolada.
A dona de casa Jéssica Silva de Souza, 21, morava na favela há cerca de cinco anos e perdeu todos os pertences no incêndio. "Tinha saído. Ainda tentei entrar, mas não consegui. Não salvei nem meus documentos."
Grávida de três meses e mãe de um menino de 2 anos, chamado Breno, ela diz que não tem para onde ir. "Minha mãe perdeu tudo também."
A Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou ontem que as 503 famílias desabrigadas pelo incêndio receberam donativos como colchões e cobertores. O prefeito Fernando Haddad (PT) visitou o local e a presidente Dilma Rousseff disse que os atingidos pelo incêndio serão beneficiados por uma linha especial do programa Minha Casa Minha Vida.
