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Desabrigados de Heliópolis 'moram' em posto após fogo

Por medo de furtos e com falta de informações, cerca de 30 famílias estão no local vigiando seus barracos

Prefeitura afirma que começa hoje a cadastrar famílias para receber o auxílio-aluguel; três morreram no incêndio

DO "AGORA"

Ao lado de bombas de combustíveis desativadas, cerca de 30 famílias que ficaram desabrigadas após incêndio na favela de Heliópolis (zona sul) estão morando em um posto de gasolina em frente ao que sobrou dos barracos.

O fogo da madrugada de anteontem deixou três mortos, 19 feridos e 560 desabrigados.

Os moradores tiveram autorização para ficar no local. "Eu deixei que ficassem por questão de solidariedade", diz a comerciante Ana Paula Lacerda Florio, 37.

Segundo a líder comunitária Maria das Graças Paulino, 46, as famílias optaram por ficar no posto por medo de furtos e porque as informações eram desencontradas sobre a utilização do alojamento. "Eles ficaram por medo de saques. Tem casa que não foi queimada, mas o morador não pode voltar porque tem risco. Então, eles ficaram para vigiar as casas".

É o caso da diarista Rozeli da Silva, 42. "Minha filha que está grávida de nove meses passou a noite na casa de uma amiga e as outras duas filhas passaram a noite no alojamento, mas eu achei melhor ficar aqui, perto do meu barraco", disse Rozeli, que perdeu tudo que tinha.

Outras vítimas procuraram abrigo em casas de parentes e amigos, igrejas e a sede do MTSTI (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Ipiranga). Segundo João Eudes Pereira Queiroz, presidente da associação dos moradores, a escola de samba Imperador do Ipiranga foi usada para fazer a distribuição das cestas básicas e dos colchões.

A Escola Municipal Luiz Gonzaga Júnior também foi disponibilizada para acomodar vítimas desabrigadas do incêndio. Cerca de 200 pessoas vão ficar no local até que uma solução definitiva para elas seja encontrada, afirmou Queiroz.

De acordo com a prefeitura, o cadastramento para recebimento do auxílio-aluguel começa hoje. A previsão é que as três primeiras parcelas, de R$ 400 cada, sejam pagas já na próxima semana.


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