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Morte em ação policial no Rio causa protesto

Moradores de Santa Cruz depredaram um ônibus e invadiram estação após operação do Bope em favela da zona oeste

Circulação em trecho do corredor expresso BRT foi interrompida e sete estações ficaram fechadas

DO RIO

Um homem morreu e outro foi preso ontem de manhã durante operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na favela do Rola, em Santa Cruz, zona oeste do Rio.

Em protesto contra a ação policial, moradores do conjunto residencial Cesarão, próximo à favela, fizeram uma manifestação no início da tarde.

Um ônibus do corredor expresso BRT foi apedrejado. A estação local foi invadida pelos manifestantes.

Por causa dos protestos, o funcionamento do corredor expresso entre os bairros de Paciência e Recreio dos Bandeirantes foi interrompido e outras sete estações do BRT foram fechadas.

Até a conclusão desta edição, o serviço de transporte continuava suspenso.

Segundo a polícia, a operação, que começou por volta das 6h30, tinha como objetivo checar denúncias e prender traficantes de drogas.

Foram apreendidos 135 papelotes de maconha e cocaína, 542 tubos de cocaína e uma pistola. Um homem foi preso.

Houve tiroteio com a chegada dos policiais. O homem atingido, cujo nome não foi divulgado, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

No início, cerca de cem policiais do Bope participavam da operação, mas com a reação dos moradores, houve reforço do Batalhão de Ações com Cães, dois caveirões (veículos blindados) e um helicóptero do GAM (Grupamento Aero-Marítimo).

Até o início da noite, homens do Bope ainda permaneciam na favela do Rola. A comunidade é considerada uma das mais violentas da zona oeste da cidade.

UM ANO ATRÁS

Há cerca de um ano, uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais, da Polícia Civil, na favela do Rola terminou com cinco mortos.

Imagens divulgadas depois da ação mostravam policiais usando um lençol para carregar um corpo até deixá-lo em outro local, simulando um auto de resistência --quando um suspeito é morto ao reagir a uma ação policial.

Há três semanas, policiais estiveram na favela para fazer a reconstituição da operação, mas foram recebidos a tiros. Ninguém ficou ferido.


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