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Maria Eugênia Sacilotti Ramos (1928-2013)

Eugênia, mulher do coronel Eugênio

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Eugênia fez curso de socorrista; Eugênio serviu no Exército. Eugênia ficou em Lorena (SP), sem precisar usar os conhecimentos de enfermagem; Eugênio foi com a Força Expedicionária Brasileira lutar na Itália, por um ano e meio.

No tempo em que o namorado esteve na guerra, Maria Eugênia Sacilotti Ramos correspondeu-se com ele por carta.

Conheceram-se em Lorena, cidade natal dela, onde ele, de Tabapuã (SP), foi ser cadete. Tinham o mesmo nome por um motivo comum: as famílias de cada um, que não se conheciam e viviam distantes, foram atendidos pelo mesmo médico, que viajava pelo Estado --o doutor Eugênio, homenageado no nome dos dois.

Casaram-se em 1946, após o namorado voltar da Segunda Guerra. Moraram um tempo no Rio, até o marido ser transferido para Manaus, e depois para o Oiapoque (AP).

Ficaram seis anos no Norte. Lá, Kátia, a filha mais nova, teve um tumor no cérebro, que a deixaria tetraplégica. O casal voltou a SP, onde havia mais recursos para cuidar da filha.

Como promessa por a filha ter sobrevivido, Eugênia, apelidada de Lila na família, levava crianças pobres para sua chácara no interior e contratava pipoqueiro e sorveteiro.

Festeira e receptiva, também ajudou a filha Beth a montar no local um acampamento de férias para crianças. Beth foi casada com o jornalista Sidnei Basile, que foi preso e torturado por combater a ditadura mesmo sendo genro de um coronel do Exército.

O coronel Eugênio morreu em 1998. Eugênia morreu no domingo (7), aos 85, devido a uma pneumonia e a complicações de uma diabetes. Teve três netos e três bisnetos.


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