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Foco

Protesto pela saúde pública 'enterra' Dilma e ministros e critica governo

SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

Cerca de 3.000 pessoas participaram ontem de um protesto no centro de São Paulo por melhores condições para a saúde pública.

A maioria do grupo estava de jaleco e usava uma faixa preta no braço direito em sinal de "luto pela saúde".

A manifestação --entoada ao som de "Dilma, vai tratar no SUS" e de "Vem para a rua pela saúde"--criticou o programa Mais Médicos, lançado neste mês pelo governo.

O programa prevê a ampliação da graduação de medicina em dois anos e permite a atuação de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma no país.

Os profissionais de saúde também carregaram três caixões com fotos da presidente Dilma Rousseff e dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação). Após três horas de caminhada, os caixões foram deixados na praça do Ciclista, na av. Paulista.

"Estamos revezando, mas [os caixões] não pesam muito", diz o otorrino Arnaldo Guilherme, professor da Escola Paulista de Medicina.

Ele foi às ruas com a mesma causa que o levou a participar da greve geral de residentes em 1978: melhores condições de trabalho para os os médicos do SUS.

"Tem dias que falta luva, falta agulha, falta tudo", conta o anestesista Marcelo Molina, que trabalha em hospitais públicos de São Paulo e de Itapecerica da Serra.

Os vetos da presidente Dilma ao Ato Médico, que regulamenta a profissão, também foram criticados no protesto.

"Quero ver se os políticos ficariam seguros com prescrições feitas por alguém que não tem a formação de médico", diz Jurandir Godoy Duarte, presidente da Associação dos Antigos Alunos da USP.

Associações como a de Duarte ajudaram a mobilizar os profissionais de saúde pela internet, ao lado de instituições como os conselhos regionais de medicina.

"Não falta médico, falta hospital e infraestrutura", diz Irene Abramovich, presidente da Associação dos Médicos do Hospital das Clínicas.

ATOS SIMULTÂNEOS

As manifestações aconteceram simultaneamente em outros locais do país, como Brasília e Rio de Janeiro.

No Rio, cerca de cem profissionais de saúde se reuniram no centro da cidade.

"As mudanças [propostas pelo governo] colocam em risco a saúde da população, especialmente de quem utiliza o SUS", diz Márcia Rosa, presidente do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro).


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