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Corregedoria acusa 13 policiais militares de estupro e tortura

Agressões teriam ocorrido no dia da desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos

Grupo pertence à Rota; um 14º PM, do Centro de Operações, foi acusado de não levar denúncia a sério

AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

A Corregedoria da Polícia Militar concluiu ontem o inquérito que acusa formalmente 13 soldados da Rota de estupro, tortura e lesão corporal contra seis pessoas durante uma ação na cidade de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).

Um outro PM, do Centro de Operações daquela cidade, foi acusado de prevaricação.

Segundo a PM, foi aberto um procedimento administrativo para expulsar esses 14 policiais. A denúncia será entregue à Justiça comum para que os policiais também respondam criminalmente.

Os suspeitos negaram, em depoimento, ter participado dos crimes (leia nesta pág.)

A investigação começou após a Folha revelar, em fevereiro do ano passado, que 13 homens da Rota eram acusados de forçar uma mulher a fazer sexo oral. O crime foi em 22 de janeiro, mesmo dia da desocupação da área conhecida como Pinheirinho.

Na época, a PM disse que abriu a investigação, mas que achava pouco provável que as acusações se confirmassem.

Depois de apurar, porém, a Corregedoria concluiu que a ação começou após os policiais da Rota perseguirem três jovens que consumiam maconha e entrarem em uma casa no bairro Campo dos Alemães --a 3 km do Pinheirinho--, acreditando que o grupo teria armas e drogas.

No local, havia mais três pessoas. Por quatro horas, conforme a Corregedoria, os PMs torturaram as seis pessoas, agredindo-as, empalando um rapaz com um cabo de vassoura e obrigando duas mulheres a fazer sexo oral em dois policiais.

Segundo a Corregedoria, as agressões só acabaram depois que uma das vítimas negociou a libertação do grupo.

Ele foi até sua casa, no mesmo bairro, e pegou uma espingarda para entregar aos PMs. Além disso, outro jovem teve de entregar maconha para os policiais. Essas duas pessoas foram detidas.

Os PMs da Rota acusados pela corporação são o tenente Hilen Denis Santos, os sargentos Luiz César Ricomi e Alex Sandro Teixeira de Oliveira, o cabo Cícero Marcos de Carvalho, e os soldados Anderson Cruz dos Santos, Eduardo Correia da Silva, Luiz Alberto Costa da Silva, Fabrício de Paula Ferreira, Marcelo Aparecido da Silva, Osmar Batista da Silva Júnior, Rodnei Rodolfo Rodrigues, Luiz Carlos Alvarenga Júnior e Nivaldo Santos Oliveira.

O soldado Evandro Valentin Ferreira, de São José dos Campos, responderá por prevaricação porque, segundo a acusação, não levou a sério as denúncias feitas por telefone por uma das mulheres vítimas dos PMs.


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