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Garoto manteve jeito 'carinhoso', afirma escola
DE SÃO PAULO DO ENVIADO A RIO CLARO (SP)A diretora do colégio Stella Rodrigues, onde estudava Marcelo Pesseghini, 13, disse que ele se comportou "normalmente" na segunda, em seu último dia de aula, participando das atividades "com o mesmo jeitinho carinhoso".
"Não deu nenhuma mostra de estar em choque", afirmou Maristela Rodrigues, por meio de um comunicado oficial.
Para a polícia, o menino já havia matado a família quando foi à escola --tendo se suicidado depois.
Segundo o colégio, a mãe do garoto, Andreia Pesseghini, 36, disse, ao matriculá-lo em 2006, que o filho "talvez não tivesse expectativa de vida além dos 18 anos" por sofrer de uma doença degenerativa (fibrose cística).
Depois do crime, a escola decidiu suspender as aulas nesta semana e retornará as atividades na próxima segunda-feira, quando alunos, professores e funcionários também passarão a ter uma orientação psicológica.
A diretora do Stella Rodrigues disse ainda que o menino de 13 anos tinha "bom rendimento", era "dócil, alegre e com boas relações" no colégio --e que seus pais eram "participativos".
FAMÍLIA
A família da cabo Andreia Pesseghini, mãe do menino, tem forte ligação com a PM e já havia passado por uma tragédia pessoal: o pai dela, um bombeiro aposentado, foi morto em São Paulo durante um assalto enquanto dirigia seu táxi.
O episódio foi relatado por policiais de Rio Claro (a 190 km de SP), onde mora o tenente da PM César Bovo, irmão de Andreia.