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Um mês após ter sido incendiado, pedágio opera com proteção policial

Praça de cobrança em Cosmópolis (SP) foi destruída durante protesto; moradores continuam descontentes

Região metropolitana de Campinas tem 19 cidades e 12 pedágios, com tarifas que podem chegar a R$ 10,50

LUCAS SAMPAIO DE CAMPINAS

Incendiada por manifestantes há cerca de um mês, a praça de pedágio na SP-332, em Cosmópolis (a 135 km de São Paulo), opera sob proteção policial.

Reaberta no dia 21 de julho, a praça na rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332) havia se tornado símbolo do descontentamento dos moradores do entorno de Campinas com a cobrança das tarifas.

Na tarde da última sexta-feira, seis policiais militares rodoviários faziam a proteção das cabines. A tarifa naquele pedágio é de R$ 6,20.

Desde o protesto a praça foi recuperada --exceto pelo teto ainda sujo da fuligem e pelos indicadores de velocidade ainda quebrados nas pistas de cobrança automática.

Permanece, contudo, o descontentamento de moradores da região com o número de pedágios e o valor da tarifa.

Isso mesmo após a Artesp (agência estadual de transportes) acelerar o cronograma de implantação, em rodovias da região, do sistema de cobrança por distância percorrida não.

São pelo menos 12 pedágios em estradas que cortam os 19 municípios da região metropolitana de Campinas.

Moradores que precisam fazer viagens cotidianas entre cidades chegam a pagar tarifas de até R$ 10,50.

"Nossa região é a mais pedagiada do Brasil. É inaceitável", diz Cristovan Grazina, 23, que mora em Campinas e estuda gestão de políticas públicas em Limeira.

Grazina é o organizador de um abaixo-assinado contra a Artesp, no qual pede passe livre nos pedágios da área para carros emplacados nas 19 cidades da região --coletou até agora 5.000 assinaturas.

Citando praças de Indaiatuba e Cosmópolis, o doutor em transportes Carlos Alberto Guimarães, da Unicamp, diz que os pedágios são caros se considerado o padrão dos deslocamentos. "São viagens curtas, feitas todos os dias."

Na rodovia Santos Dumont (SP-075), que liga Campinas e o aeroporto internacional de Viracopos a Indaiatuba, a tarifa é de R$ 10,50. Na Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340), R$ 9,50.

Segundo Guimarães, a região é um "nó logístico" de rodovias importantes --como Anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro I--, que fazem a ligação da capital paulista, Vale do Paraíba, litoral norte e sul do país com o norte do Estado, o Triângulo Mineiro e o Centro-Oeste.

OUTRO LADO

A Artesp afirmou que a tarifa é "o principal recurso para investir na modernização e ampliação das rodovias" e é necessária "para a operação e manutenção" destas.

A agência defendeu que o modelo Ponto a Ponto, que está sendo implantado, é "mais justo" porque cobra "tarifa mais próxima do trecho efetivamente utilizado".

Procuradas, as seis concessionárias que administram estradas com pedágios na região de Campinas --AutoBAn, Colinas, Intervias, Renovias, Rodovias do Tietê e Rota das Bandeiras-- disseram que a localização das praças e o preço da tarifa são definidos pela Artesp.


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