Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Segui ordens e ganhei parabéns nas manifestações', diz ex-comandante

Demitido da Tropa de Choque, coronel nega que sua saída esteja ligada à ação da PM nos protestos

César Augusto Morelli diz que sempre teve aval do comando da Polícia Militar e da pasta da Segurança

DE SÃO PAULO

"No comando do choque, eu só recebi prêmios."

É dessa maneira que o coronel César Augusto Morelli responde a quem lhe pergunta quais foram as razões de sua queda da Tropa de Choque da PM de São Paulo.

À Folha, ele disse que sua saída do batalhão nada tem a ver com a série de protestos de junho e à contestada atuação da PM na ocasião.

A ação oscilante da polícia ficou marcada pela violência de 13 de junho, quando cerca de cem pessoas foram feridas na região da avenida Paulista, e pela omissão de ação no dia 18, quando vidros da Prefeitura de São Paulo foram quebrados, um veículo da TV Record incendiado e diversas lojas do centro saqueadas.

"Sempre tive o aval do Comando-Geral [da Polícia Militar] e da Secretaria [da Segurança Pública]. Nas manifestações de junho, segui ordens e recebi os parabéns de meu comandante", afirmou.

De acordo com Morelli, sua exoneração do cargo é uma medida comum dentro de uma corporação militar.

Questionado se sua queda tinha relação com a proximidade com o ex-secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, com a política interna da instituição ou com o envio de tropas do choque para o interior, ele se negou a comentar o assunto.

DESLIGAMENTO

Com 34 anos de PM, Morelli estava no comando da tropa de choque desde setembro de 2011. Assumiu o cargo na gestão de Ferreira Pinto (que foi demitido em novembro do ano passado). A aproximação entre eles ocorreu quando Ferreira Pinto era o secretário da Administração Penitenciária, entre 2006 e 2009.

O desligamento oficial de Morelli aconteceu anteontem. Um dia antes, o policial militar se reuniu com sua tropa e avisou aos seus comandados que estava sendo demitido do cargo.

Agora, o coronel está temporariamente lotado na Prefeitura de São Paulo. Nos próximos meses, ele deve ser enviado para o interior do Estado, onde já atuou em Sorocaba, Osasco e Guarulhos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página