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Fernando Flávio Marques de Almeida (1916-2013)

Professor, geólogo e 'Indiana Jones'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Não faltaram títulos e honrarias que reconhecessem o trabalho do geólogo Fernando Flávio Marques de Almeida. Mas, humilde, ele não gostava muito desse "exibicionismo", como costumava dizer.

Uma das últimas homenagens foi neste ano: colegas batizaram de "almeidaita" --em referência ao sobrenome do geólogo-- um mineral descoberto no interior da Bahia.

Aventureiro, Fernando viajou pelo Brasil e pelo mundo, da Antártica ao deserto do Saara. Era chamado de "Indiana Jones" pelas sobrinhas. De cada viagem, trazia rochas para estudo. Uma vez, foi tido até como contrabandista pela alfândega.

Nos anos 1950, fez o primeiro mapa geológico de Fernando de Noronha. Décadas depois, voltou ao arquipélago durante uma viagem em família. Em uma trilha, percebeu um "intruso" granito no chão, que não fazia parte da paisagem original.

Conheceu a mulher, Beatriz, durante um trabalho em Cuiabá. Na caderneta de campo, escreveu: "Hoje conheci uma gordinha que me virou a cabeça". Foram casados por 61 anos, até ela morrer, em 2001.

Ainda durante a faculdade na Poli (Escola Politécnica da USP), trabalhou no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Era professor emérito da Universidade de São Paulo (pela Poli e pelo Instituto de Geociências) e da Unicamp. Também publicou mais de 300 livros e fez parte de comissões da Unesco.

Morreu na sexta-feira (2), aos 97 anos, após uma forte pneumonia. Deixa três filhos, dois netos e bisneto. A missa do sétimo dia será amanhã, às 15h, na igreja São José, no Jardim Europa, São Paulo.


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