Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Faixa exclusiva prioriza população sobre transporte individual

HORÁCIO AUGUSTO FIGUEIRA ESPECIAL PARA A FOLHA

Estamos entrando na era da aplicação prática da engenharia de transporte de pessoas. A política de segregação de faixas começou a atender a população e não só veículos de transporte individual.

Com a engenharia de transportes, onde o cliente deve ser atraído para um determinado sistema, precisamos pensar em algumas questões urgentes, pois os congestionamentos de automóveis são "inevitáveis", mas os de ônibus são "imperdoáveis".

O transporte individual transporta 50% da demanda e ocupa 90% do viário. A tendência é que congestionamentos aumentem, com ou sem privilégio aos ônibus, pois a frota não para de crescer.

Segundo dados deste ano da Maplink, o índice de congestionamentos de Curitiba --que desde 1976 tem corredores exclusivos de ônibus-- representa 35% do de São Paulo, enquanto a frota curitibana equivale a apenas 20% da paulistana.

O que isso significa? Curitiba também tem trânsito, mas lá o congestionamento dos automóveis não "contamina" os ônibus.

O caso da avenida 23 de Maio, antes exclusiva aos carros, é emblemático para a quebra de paradigmas em São Paulo e no Brasil.

Com cerca de 110 ônibus biarticulados por hora, em apenas uma faixa de tráfego, e ocupação de 105 pessoas cada (a maioria sentadas) é possível transportar cerca 11 mil passageiros com conforto.

Nas quatro faixas restantes, congestionadas, passam cerca de 8.000 carros por hora, com 1,4 pessoas em cada automóvel. O espaço dos carros é maior e a eficiência para o transporte de pessoas é inferior.

Qual é a prioridade?


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página