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Dupla usou internet para fazer roteiro do crime

Suspeitas teriam usado redes sociais para planejar assassinato de Bianca

Jovem de 16 anos, que teria dado as facadas em Bianca, tem sequelas de uma meningite e toma medicação controlada

DO ENVIADO A JATAÍ (GO)

O Facebook, o aplicativo para smartphones WhatsApp e pesquisas no Google foram usados pelas duas jovens suspeitas para planejar a morte de Bianca Pazinatto, aponta a investigação policial.

Dias antes do crime, numa troca de mensagens pelo Facebook, a jovem de 17 anos perguntou se a de 16 havia conseguido clorofórmio.

Diante da resposta positiva, elas combinaram de testar o produto químico em uma garota, também de 16 anos e amiga das suspeitas e de Bianca, o que não ocorreu.

No dia do crime, por volta das 9h30, Bianca foi atraída pela jovem de 17 anos para sua casa, após conversa por meio do WhatsApp.

Logo que Bianca chegou, as suspeitas passaram a seguir o roteiro do crime da jovem de 17 anos em um caderno de desenho com informações coletadas no Google sobre como matar uma pessoa.

As duas colocaram um pano com clorofórmio na boca de Bianca, mas ela resistiu.

Enquanto implorava para não morrer, segundo as suspeitas disseram à polícia, Bianca foi esfaqueada sete vezes pela jovem de 16 anos, segundo disse à Justiça, no último dia 5, a garota de 17.

Como queriam arrumar um carro para levar o corpo de Bianca para ser queimado em uma área desabitada de Jataí, as jovens o enrolaram em sacos plásticos e o esconderam embaixo da cama. A polícia, porém, chegou antes à casa.

As duas suspeitas estão em uma instituição para menores infratores em Goiânia.

A jovem de 16 anos ficou calada ao ser questionada pelo juiz. "Ela teve sequelas de uma meningite, que a deixou internada por três meses. Por isso, tomava remédios e recebia tratamento psicológico desde 2011. Até seu sistema de avaliação na escola era diferente", diz o diretor da escola das suspeitas, Francisco Dantas, 45.

Por causa da meningite, Jataí fez uma campanha para arrecadar dinheiro para o tratamento da jovem e os Pazinatto chegaram a contribuir.

Ao ser entrevistada por uma emissora de TV no dia seguinte ao crime, a suspeita de 17 anos disse ter pensado que tudo "era um filme". À justiça, ela disse que o crime foi planejado pela internet.

"Agora, alguns alunos do terceiro colegial, também com 17 anos, estão dormindo na mesma cama com os pais. É reflexo da sensação de insegurança", conta Dantas.

Até o meio de setembro, o Tribunal de Justiça de Goiás terá uma decisão sobre a provável medida socioeducativa (de no máximo três anos) a ser aplicada contra as jovens.


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