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Jorge Rugardo Bercht (1922-2013)

'Consertou' a entrada do Morumbi

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Jorge Rugardo Bercht formou-se engenheiro pela Poli (Escola Politécnica da USP), mas acabou dedicando boa parte de sua vida às artes.

Apaixonado por música, tinha uma coleção de cerca de 40 gaitas de boca. Acabou influenciando os dez filhos, e todos aprenderam a tocar ao menos um instrumento.

Também foi um exímio fotógrafo e autor de audiovisuais inovadores pela combinação pouco usual entre projeção (nos velhos projetores de slides) e música, que dava ritmo à fusão das imagens.

Queria ter deixado um audiovisual para cada filho e neto, o que não conseguiu. Mas ficaram de herança ao menos 20 mil fotos sobre diversos momentos da família.

Profissionalmente, trabalhou com arquitetura. Era exigente e inovador. Preocupava-se com soluções estéticas, mas também práticas.

Contava, com orgulho, que na década de 50 encontrou a solução para as colunas de sustentação do estádio do Morumbi, que, pela fórmula original, forçariam os torcedores a baixar a cabeça ao entrar, para não batê-la no teto, que ficaria rebaixado.

Seu escritório também fez cálculos para obras de Oscar Niemeyer em São Paulo, como o prédio que hoje abriga o MAC (Museu de Arte Contemporânea), da USP, dentro do parque Ibirapuera.

Foi ainda professor da Faculdade Belas Artes e ajudou a construir o Jardim das Artes, em Cerquilho (SP), cidade onde viveu nos últimos anos.

Teve câncer de próstata. Morreu na segunda-feira (5), aos 91 anos. Deixa a mulher, Lívia, com quem era casado desde 1951, nove filhos, 13 netos e dois bisnetos.


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