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Fundação Casa tem motins e maior fuga em cinco anos

Segundo a instituição, 54 adolescentes fugiram da unidade de Itaquera

Diretor e 2 funcionários tiveram ferimentos leves; alguns jovens tiveram escoriações, mas sem gravidade

DE SÃO PAULO

A Fundação Casa (antiga Febem) enfrentou ontem, em São Paulo, duas rebeliões e a maior fuga de internos infratores dos últimos cinco anos.

O primeiro motim começou por volta das 9h na unidade da Vila Leopoldina (zona oeste), onde os adolescentes fizeram 12 reféns.

Por volta das 12h estourou a segunda rebelião, na unidade de Itaquera (zona leste), com 29 funcionários reféns, entre eles o diretor.

De acordo com o corregedor-geral da Fundação Casa, Jadir Pires de Borba, 54 jovens escaparam do local --22 tinham sido recapturados até a conclusão desta edição. "Essa é a maior fuga dos últimos cinco anos da Fundação Casa", disse Borba.

As duas rebeliões foram controladas por volta das 15h30. Segundo o corregedor-geral, alguns adolescentes tiveram escoriações, mas nenhum ferimento grave.

Entre os reféns, houve três feridos leves: o diretor e dois funcionários da unidade Itaquera. Eles foram medicados e liberados.

De acordo com a fundação, o motim em Itaquera foi iniciado por adolescentes que não conseguiram fugir, após um grupo conseguir escapar.

Na Vila Leopoldina, um grupo iniciou a rebelião em uma sala de aula após uma tentativa frustrada de fuga.

Segundo o corregedor-geral, houve destruição na unidade. Durante a rebelião, infratores queimaram objetos no pátio da unidade e escreveram frases no chão, como "Paz e justiça".

PELO MURO

Quem passou ao lado da unidade de Itaquera na tarde de ontem podia ouvir os gritos dos amotinados. Enquanto internos se rebelavam do lado de dentro do paredão, outras dezenas aproveitavam a confusão para fugir.

Alguns foram flagrados pela reportagem da Folha enquanto desciam, do muro, por uma grande árvore ao lado da instituição.

A unidade da Vila Leopoldina tem capacidade para 150 internos e abriga 100 adolescentes. Já o prédio da zona leste, com capacidade para 152 infratores, acomoda 103.

Segundo a Fundação Casa, não há relação entre as duas rebeliões. O Grupo de Apoio da Fundação Casa, conhecido como Choquinho, não precisou agir.

A Corregedoria vai apurar a participação de cada interno. No dia 18 de julho, 17 funcionários da unidade Tapajós, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), foram mantidos reféns por internos. Três ficaram feridos.


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